Age Of Chaos

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RPG de Fórum que conta o eterno embate no mundo de Tellus entre as 3 Grandes Facções: Os Feiticeiros, Os Templarianos e os Aliancistas.


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    Paço de Tulan

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    Mensagem por Admin Ter Out 15, 2013 12:56 am

    O local conhecido como Paço de Tulan é a região que compreende a zona do lado de fora das muralhas principais da Grande Cidade e a região interior após o Portão da mesma. O Paço de Tulan em tempos passados era sempre movimentado com o caminhar de várias caravanas comerciais além de militares que vinham prestar sua homenagem e devoção ao poderio da Ordem dos Feiticeiros. Ao se caminhar pelo Paço é possivel vislumbrar a cidade em sua Totalidade, todos os 8 níveis da cidade conhecida por ser um monumento a glória dos Eternos que os construiram.


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    Mensagem por Admin Ter Out 15, 2013 1:01 am

    A Grande Cidade se encontra profanada por forças nefastas de origem desconhecidas, os Almight enviam um grupo de aventureiros para investigar e consolidar o pacto de paz entre os Stalker e o Culto de Rattash, no entanto imprevistos acontecem e a situação parece sair fora de controle, grande parte dos civis foram removidos da cidade mas ainda há alguns poucos que sofrem nas mãos de seus atormentadores, um deles sendo o proprio lider da ordem Saladin Sanshou que foi tomado cativo.

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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Qua Out 16, 2013 1:34 am

    O som acelerado dos cascos do garanhão aos poucos quebrava o silêncio imponente que regia a noite estrelada nos arredores de Tulan enquanto o vento, em sua forma eternamente mutável, viajava sereno balançando as árvores da bela região circundante a capital. Aquela figura da natureza fazia um contraponto evidente com o homem que guiava a montaria, que por sua vez a cada vez mais acelerada dissipava a calma em sua rota o fazendo num sentimento uníssono com os que nutria seu senhor, uma figura alta e de porte esguio cujo os profundos e melancólicos olhos azuis cristalinos miravam com uma determinação pulsante os níveis superiores da cidade sagrada. Um observador desatento poderia dizer que seus olhos se designavam para aquele único ponto pois era aonde ele desejava atingir, mas estaria cometendo um erro crasso ao faze-lo, de fato ele almejava adentrar aos portões da capital mas além disso os níveis superiores resguardavam para ele a promessa dos sonhos de seu futuro, aonde ele esperava germinar suas ideias regendo a ordem e a corte numa única sinfonia. A guerra, a dor e o sofrimento em conjunto com a paz selada haviam moldado um novo homem na figura de Skar-ke Sirannus, o outrora jovem que havia experimentado as duas faces da moeda era agora um homem de meia idade lapidado pelas conquistas e falhas que havia enfrentado, se em sua tenra adolescência ele havia sido muitas vezes cruel e impetuoso, e em sua jovem idade adulta encontrará a calma e o bom humor, aquelas duas essências agora se fundiam num único ponto de equilibrio, que carregava um cerne muito mais sábio do que aquele homem que havia enfrentado Trion na torre da eternidade. Sua aparência e trejeitos também haviam mudado, o andar e a fala descontraída haviam cedido espaço para o porte régio e a voz trovejante adequada aos líderes, seus cabelos do mesmo castanho escuro da pelugem de esquilo selvagem caiam até os ombros, lisos e ondulados, devidamente limpos e escovados, sendo o restante do rosto belo e sólido agora coroado por uma barba bem aparada, ainda era capaz de transpor a felicidade e o riso no rosto, mas se notassem bem, na tranquilidade o orgulho prevalecia ao redor dos lábios e dos olhos. Seus trajes tradicionais eram agora de um tom negro cujo o corte seguia o mais alto padrão de costura, assim como os tecidos empregados na confecção de todas suas vestes que agora ostentavam em meio a tonalidade escura um delicado bordado de um raro fio de prata, este desenhava minuniosamente a Ávore Branca da Sagrada Grã Regência. Acima disso, uma pesada armadura se sustentava, esta possuía um resplandecente tom de ouro sendo de fato uma das 10 lendárias Heaven Devilfish que em conjunto a sua espada Atellos compunham os pontos mais importantes do seu arsenal. Sua montaria era um forte e incansável garanhão, impetuoso de puro sangue, cujo o equipamento seguia a mesma linha do mais alto padrão que suas vestimentas exerciam.
    Tão logo se aproximaram do portão o mesmo desceu, fazendo um movimento carinhoso sobre o dorso do cavalo, havia exigido muito dele ao partir numa viagem de emergência deixando a comitiva Vintasiana para trás, o imediatismo de sua movimentação era devido a urgente notícia do cárcere do líder da ordem Saladin Sanshou, um dos pilares da coalizão de honrados homens que lutavam para instaurar a ordem e paz no mundo, reconhecido intimamente pelo próprio Skar-ke como uma figura paterna, a qual ele nutria um imenso afeto, afeto este que era mostrado em sua respiração pesada e em seu desejo de coordenar os pensamentos para que pudesse salvar o estimado amigo, aquela era uma das chamas que ainda viviam queimando em seu interior e quando entrava num crepitar mais intenso dissipava quaisquer efeitos do cansaço, da tristeza e melancolia que os últimos eventos haviam lhe provocado.
    Sendo assim o Regente caminhou de maneira calma e tranquila, ciente das capacidades que regia e dos perigos que encontraria ao tecer aqueles atos, passou os olhos pelas muralhas, pelo céu e pelos níveis superiores, todos imersos num estranho e perturbador sonho que ele esperava quebrar com sua chama da vida. Aos poucos as memórias inundaram-lhe, o dia em que a cidade em luto havia chorado, o dia em que a paz havia sido selada, e agora aparente maquinações ocultas germinavam na figura de uma calma falsa, de um caos silencioso todos condensados no cheiro pútrido e surpreendente da morte.
    Respirou fundo e somente então desembainhou Atellos de suas costas postando a sua frente a espada era quase uma lâmina longa que se não fosse sua composição especial só poderia ser empunhada por duas mãos, ao finca-la no chão seu ornamentado cabo se alinhava ao nariz, permitindo que somente os olhos focassem nos antigos portões enquanto ele clamava:


    – Que os portões da cidade sagrada se abram ao senhor Regente, que as forças que a profanam e tornam seu solo ímpio se rendam e libertem todos os seus inocentes reféns, apresentem-se senhores da escuridão ao genuíno julgamento.

    Enquanto ele permanecia com os olhos fixos nos elevados portões a sua frente as palavras ecoavam num tom elevado e claro que não abria margem para dúvidas de autoridade, Skar-ke entretanto não esperava que as suas ordens fossem realmente acatadas mas sim que ao instigar os inimigos os portões pudessem se abrir amigavelmente a ele, e no âmago de seu ser, a parte do garoto que um dia fora e que ele preservava e idolatrava em memória se questionava se aquilo que ele havia acabado de fazer era um sinal da perda de sua sanidade.
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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Qua Out 16, 2013 1:36 am

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    Mensagem por Zul Mak Qua Out 16, 2013 3:40 pm

    Das profundezas da escuridão, onde aqueles que todos temem adormecem, uma montaria de cor branca cortava o negro daquela noite. O cavalo, que tinha por nome Alfir, lançava-se em disparada pelas florestas escuras, sendo guiado talvez pela energia que a cidade sagrada emanava. Cavalgava sozinho, mas sua velocidade e destreza com que desviava das enormes arvores era impressionante. A crina balançava a medida que apreçava-se e a sua tonalidade branca, para quem visse aquela criatura naquele instante e em meio a escuridão, poderiam afirmar terem visto de perto a luz. O último galho que passou pulou e deu-se fora da floresta negra e pode deslumbrar uma vasta pradaria, mas nela não havia nada, nenhum sinal de animal ou pessoa. Alfir ouviu o estralar de um galho dentro da floresta negra e relinchou batendo com suas patas dianteiras no chão e empinou-se com tamanha ferocidade. Neste instante uma sombra surgiu da noite e pulou sobre o cavalo caindo ao chão derrapando com a perna esquerda como apoio. Sua mão direita segurava a espada e a esquerda o escudo, que parecia ser feito de uma madeira resistente, mas o que chamava a atenção não eram suas armas e sim a face. De imediato o alazão deu-se de conta do que se tratava, era seu mestre, Zul-Mak. Ele baixou a pata direita e levou a ponta do nariz para junto dela e dobrou-se ao chão, parecia um gesto de reverência. Passando a mão sobre a cabeça do cavalo, o jovem disse:

    -Pensou que era quem, Alfir?Um ladrão?Bom garoto, agora vamos...Creio que meu pai já tenha chegado ao seu destino, ele odeia quando não sou pontual.

    O menino, que agora parecia mais velho e um pouco amadurecido, saltou sobre o dorso do cavalo e falou algumas palavras em seu ouvido que então este ao ouvi-las deu em disparada. E pela vasta pradaria seguiu cavalgando até deparar-se pelo alto com a Grande Cidade dos Feiticeiros, Tulan. Esteve apenas uma vez naquele local, e pode dizer que deslumbrou seus anos de magnificência e gloria. Sua montaria parecia estar esgotada com aquela viagem até Tulan, e por isso resolveu ali descer e agradecer ao animal por trazê-lo até ali, coçando por trás de suas orelhas local que gostava de receber carinho. Quando desceu, contemplou a Grande Cidade e não conteve-se em dizer:

    -É tão bela quanto nos meus sonhos...

    Soou irônico dizer aquilo após testemunhar a queda da cidade, e participar de todo o desenrolar daquele sangrento período que manteve-se firme com seus aliados, mas para ele Tulan seria sempre a sua segunda casa. Mas relutava ao lembrar sobre o ocorrido, coisa que costumava não pensar e privar-se disso, muito porque a tristeza que assolava o seu coração era insuportável. Prosseguiu em caminhada descendo pelo barranco onde estava até encontrar-se com seu pai, Skar-ke. Ele estava ajoelhada e com a espada a sua frente, e de seus lábios pode notar que palavras haviam sido ditas. Lembrava-se dele como um velho amigo, não como o pai que ama, mas sim como o amigo que está sempre ali. Conhecia-o bem, e notou o semblante sério, porém cheio de dor por aquele lugar que já foi sagrado e agora profanado com o ar dos cadáveres em decomposição.

    -Não poderíamos ter feito nada. Estes que morreram aqui lutaram por nós, sobreviventes, para que lutássemos pelo amanhã.-Colocou a mão sobre o ombro do pai.-E não se preocupe, Saladin logo estará conosco...

    Não havia muito o que dizer, mas o sorriso que agora mostrava ao cansado homem lhe daria um pouco de serenidade. Embora fosse jovem, beirando os 27, ostentava de uma bela pelugem na face que cobria-a quase que totalmente, e os cabelos negros caiam até as costas, algumas partes estando trançados seguradas por anéis de prata, tendo os olhos azuis como água fixos ao portão. As vestes eram simples, sobre os ombros estava a pele da raposa das montanhas, abaixo um tecido fino de cor azul, na cintura um cinto e novamente nos ombros, braços, peito e pernas uma armadura leve de média proteção; preferia a mobilidade. Após a queda de Tulan, e a carnificina que presenciou, muita coisa mudou e aquele jovem que antes existiu, pouco recordava-se neste Zul-Mak, envelhecido precocemente pelas inúmeras responsabilidades.

    -E o que pretende?Vamos chamar nossos inimigos ao campo aberto?Acho isso um pouco tolo, por que não nos infiltramos na cidade?Talvez possamos entrar pelos dutos de esgoto e sair no centro da cidade, ou até mesmo onde Saladin está, mas me pergunto, aonde ele está?-A preocupação por Saladin era compartilhada por Mak, já que aquele que agora tinha o título de Líder da Ordem dos Feiticeiros, estar em mãos inimigas, implicava-o no desejo de salva-lo.-Tenho um péssimo pressentimento sobre o que está para acontecer...
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    Mensagem por Zul Mak Qua Out 16, 2013 3:54 pm

    OFF- Zul-Mak 
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    Mensagem por Mentor Sex Out 18, 2013 10:27 pm

    Quão forte o vento soprava? Não era possivel discernir, pouco a pouco cada pedaço de seu rosto sentia o gélido ar que emanava da cidade de Tulan, ele carregava o ultimo hálito de vida, o sabor da morte, Mentor o conhecia bem, ja provara daquela sensação, e por mais ironico que fosse ela o havia transformado totalmente, os anos que haviam se passado trouxeram com eles a sabedoria de dez mil vidas mortais, exagero? Não. A morte era reveladora, ela trazia algo que muitas vezes os homens perdiam ao serem cercados pelo mundo material; orgulho, bens, dinheiro, fama, titulos, todos eles eram ilusões da carne, após a morte todos eram... alguém, fossem ricos ou pobres, bonitos ou feios, poderosos ou fracos, ela era a sentença final, mas também a passagem para um novo caminho. A cidade de Tulan... ah... Tulan, sagrada para alguns, um simbolo de opressão para outros, ou ainda um marco na história humana para poucos, para Mentor Tulan teve muitos significados com o passar de sua vida, ele crescera ali, junto de seus irmãos Smoker e mais tarde Trion, em sua juventude ele escalara suas altas muralhas, roubara estatuetas sagradas do Alto Templo, desafiara os guardas e mais importante se apaixonara... Tulan significara naquela época, lar, um local de paz e harmonia; tudo isso viria a mudar com a 2ª Guerra dos Feiticeiros, um conflito em maça provocado por seu Tio Siellis, ele fora forçado a se unir a seu clã na batalha e abandonar a cidade sagrada, ela se tornara sua inimiga, Mentor vira aquilo como um sinal de maturidade, ele não tinha mais tempo para ilusões de criança, Tulan se tornara sinal de Guerra, e mais tarde em sua velhice como lider de seu clã a guerra final contra a ordem se tornara o sinal final de desespero.

    Mas aqueles dias haviam passado, com o fim da batalha de Vanathos e o inicio da derrocada do Culto Mentor procurara seu verdadeiro lugar no mundo, onde seria ele? Ele visitara a cidade natal de sua mãe onde encontrara sua antiga Tia-Avo, há muito que não a via, e pela primeira vez em anos ele sentira felicidade encher seu coração, a jovialidade de sua infancia o preenchendo, ele ainda se lembrava do momento decisivo daquela viajem, uma mulher muito conectada ao plano dos espiritos sua Tia-Avó conhecida no passado como Derama Orsus, ela e sua mãe Gaia sempre foram muito pacientes com o jovem Lyken, e ali quase 200 anos depois de sua ultima partida ela sentara com ele em volta da chama viva, a chama sagrada que conectava os membros do clã Orsus aos espiritos, ali ela dissera:


    - Eu e sua mãe nunca quisemos para você a vida de guerras de seu pai, ela tentou em seu desespero traze-lo para o caminho que achavamos mais prudente a você mas não havia pessoa que contrariasse as decisões de Gurien Orsus, ela morreu em desgosto, mas em suas ultimas palavras Gaia me pediu que um dia o ajudasse a encontrar sua verdadeira vocação...

    - E qual seria ela Senhora Derma? Deixei tudo para traz, um homem feito sim eu sou, vivi muitos anos, e aprendi a guerrear barganhar e lutar, mas me sinto vazio. Eu vi o sacrificio final de Destructus meu tio, nunca pensei que um homem da estirpe dele fosse fazer algo do tipo, estou velho e acabado, gastei 500 anos da minha vida, muito mais da metade que espero viver cultivando nada além de inimizades, meus próprios filhos me odeiam, e aquele que deixei no trono não me ve como um modelo bom. Oque eu devo fazer?

    Os olhos de Derma brilharam como a luz do sol, brancos e altivos sua voz retumbava como a de centenas de milhares ao mesmo tempo, e nela um poder sem igual ecoava, ela dizia:

    - 500 Anos você diz, eles são como uma gota de água no fluxo continuo do tempo, uma vivencia entre muitas outras. Você é descendente da linhagem dourada, os protetores do equilibrio entre os três mundos, o mundo fisico, espiritual, e o da energia, poucos de nós restaram nosso sangue e determinação se diluiu em meio ao caos mundano. Com isso as forças das sombras começam a se movimentar, em breve poderes há muito tempo aprisionados serão libertados sobre esse mundo, nós podemos senti-los se remoendo sobre o próprio chão em que conversamos. Os feiticeiros estão divididos e quebrados e não serão capazes de deter tais forças, a guerra os exauriu, não são mais os protetores desse mundos, pois a chama consumidora e os guardiões caidos estão em conluio, você precisa seguir o caminho que nasceu para seguir, e precisa se reunir a seu irmão Trion, apenas juntos vocês podem deter o mal que está para se levantar.

    - Trion? - Mentor disse com desprezo - no que ele pode ajudar? Ele destruiu muito do nosso mundo, ele é o culpado pelo eternal se alastrar, pelas guerras e pelo odio...

    - Um agente do caos sim - interrompera Derama - mas não o responsável, seu irmão se perdeu em seus demonios, ele acredita fazer a coisa certa, e até certo ponto o fez, mas ele está passando por uma provação assim como você.

    - Me recuso, ele é um demonio e um traidor!

    - Assim como você um dia tambem o foi - Mentor se calara e virara seu rosto sem um argumento, Derama pegara com suas mãos magras e ossudas em seu cerne e o virara em direção as chamas - Olhe para a chama Mentor - sua voz se tornara a de um homem, ela lembrava a de seu pai - Nós somos instrumentos da luz, nascidos e criados da glória e da benevolência dos criadores, mas também somos dotados da escuridão dos deuses antigos, cabe a cada um de nós escolher qual caminho percorrer. Qual é o seu?

    Mentor fechava seu semblante e então se acalmava, ele então olhava fixamente para a chama e via várias imagens diferentes, um homem vestindo trapos e caminhando por um deserto sem fim, uma mulher chorando aos prantos sobre o corpo de um jovem rapaz, uma silhueta escura se levantando em frente a um portal utilizando uma maça e com uma furia inigualavel ao seu redor, e por ultimo o próprio Mentor, sua espada dourada brilhando em suas mãos e uma sombra devorando todo o mundo, passado, presente ou futuro? Ele não sabia dizer, só sabia sua resposta:

    - Meu caminho é o dos protetores da luz, dos Tulan, dos eternos e daqueles que não falharam em suportar sua honra. Mas Trion, eu o vi, ele esta vagando pelo mundo dos mortos, ele jamais voltara, e duvido que seja capaz de se tornar alguem melhor.

    - Nos tempos antigos o lema do clã Orsus não fazia alusão a guerra ou ao massacre, nos dizia que "Quando nós alcançamos nosso ponto mais baixo, estamos abertos para a maior mudança." Você esta pronto para ela, agora deixe-me guia-lo para sua razão de ser e viver.

    Quão forte o vento soprava? Ele parecia saber dizer, ou pelo menos assim pensava sentir, em suas feições velhas e desgastadas ele sentia o doce ar da Tulan que um dia conhecera e amara, a cidade chorava e agonizava perante o aperto da morte, ela sufocava e implorava por clemencia e ajuda. Uma vez ele atravessara os dourados campos ao seu redor com pompa e imponencia, todos seus inimigos ajoelhados e derrotados se rendendo ao seu poder, mas algo ali faltara e ele não soubera dizer, mais tarde achara que era o mundo. Mas agora ele atravessava o mesmo lugar envolvido em um breu cinzento e mortiço, a vida que faltava a Tulan estava nele, era oque ele tanto desejara, Mentor sentia como se aquele fosse o Retorno de um Rei, e ele fosse o condecorado. Os portões escarlates da cidade se levantavam perante ele, cerrados, silenciosos e turvos com a névoa da desgraça, mas ele era um farol de luz, mais a frente dois homens, Skar-ke e Zul Mak Sirannus, ambos ingenuamente discutindo o plano de ação, ele os observava de forma diferenciada do passado, não era desprezo que se encontrava nele era neutralidade, o respeito de Mentor viria com as ações de ambos ali, uma nova chance de provarem seu valor a ele, e dele a eles. Se agachava e pegava um punhado de terra morta a deixando escorrer pelos seus dedos, dizia com fervor:

    - Um ato nobre clamar pela justiça, mas não há quem o ouça Senhor Regente, essas muralhas estão mudas e surdas. Apenas ouviram a um clamor, o meu.

    Em suas costas sua lâmina Ashbringer, uma das duas partes que fora reforjada da grande espada Asgard brilhava com um ardor inacreditavel, Mentor sabias as palavras, ouvira-as serem proferidas tantas vezes, um espetáculo majestoso, ele dizia se lembrando das vozes de seus ancestrais enquanto se levantava vagarosamente:

    - A mente verdadeira pode superar todas as mentiras e ilusões sem se perder. O coração verdadeiro pode lidar com o veneno do ódio sem sofrer danos. Desde tempos imemoriais, as trevas vicejam no vácuo, mas sempre se renderam à luz purificadora...

    As palavras que proferira eram as necessárias para abrir os portões da cidade Santa, mas apenas aqueles com a resolução verdadeira poderiam utilizá-las, pois as muralhas tinham vida e julgavam os homens, os indignos eram destruidos pela sua própria ganancia, os dignos ativavam a glória da cidade mãe trazendo a ela vida e energia. Mentor não permitira que o ultimo traço de sua existência regressa sumisse, era seu ultimo traço humano, aquilo que o resgatara, e em meio aos pensamentos conturbados ele sentia o cheiro da grama doce.

    - Eu sou Lyken Orsus, mais conhecido como Lord Mentor, senhor das vastidões da Floresta Sombria, Líder e mais velho filho dos Guerreiros de Orsus ordeno que a Cidade Santa se Abra Perante mim e meus conterrâneos, para que ela seja devidamente libertada das trevas que a assolam!
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    Mensagem por Mentor Sex Out 18, 2013 10:31 pm

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    Mensagem por Admin Sáb Out 19, 2013 3:35 pm

    Os portões de Tulan não se abriam mesmo após o clamor de Skar-ke, no entanto as palavras recitadas por Mentor o faziam se abrir, uma fina linha de luz brilhava por toda a moldura da grande portas douradas, e ao se escancarar um clarão de luz surgia, a cidade podia ser vista, suas ruas agora cinzentas mostravam os sinais da corrupção por todos os lados. O recital de palavras porém havia feito com que todas as tochas da cidade de acendessem, o modo de segurança estava ativo e agora o processo de purificação começaria, mas não automaticamente....

    Abertura dos portões:

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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Sáb Out 19, 2013 11:42 pm

    Skar-ke permanecia contemplativo quanto a resposta das cidades aos seus dizeres, entretanto, tão logo os havia pronunciado sua estadia solitária havia sido sumamente interrompida pela chegada de um estimado companheiro, de fato ele já havia sentido a presença de Zul-Mak, tanto quanto pela familiaridade a mesma, quanto seu poder no arcano. Ao contrário do pai, seu herdeiro aparente não possuía os trejeitos nobiliárquicos tão naturais a Skar-ke, que desaprovava silenciosamente seu estilo pessoal, para ele a aparência do jovem mais lembrava a um eremita hippie da floresta encantada do que a um dos filhos dos prestigiosos Sirannus. Apesar disso, oque no fim importava toda aquela garbosidade? Até onde os títulos ostentados não passavam de um clamor oco? No fim Zul-mak havia se tornado por vias indiretas um guerreiro aplicado, um orador importante na resolução de problemas diplomáticos de seu pais e acima de tudo um homem íntegro cujo o caráter sólido sustentava um coração de destoante pureza, e por isso conquistado estava o apreço de Skar-ke. Abriu a sombra de um sorriso na face, que se moldou numa expressão receptiva, aquela se tornaria uma missão menos desgastante com a companhia aprazível e tranquilizante que Zul-Mak proporcionava. Apesar de ouvir atentamente aos dizeres do mesmo, entretanto se encontrava sem o mínimo desejo de entrar num dialogo a respeito dos eventos passados ou dos palpites do mesmo sobre uma infiltração furtiva, possibilidade essa que fora quebrada pela forte presença de Lord Mentor, outrora Skar-ke havia pensado a respeito dele como uma sombra turva e violenta, a tempestade pesarosa que destrói a colheita do fazendeiro gentil, mas agora que o observava realizando sua caminhada até a capital ele notava que aonde outrora havia um ódio sólido uma aura de paz circundava e protegia. Deveras, ali ele reconhecia que o homem mais velho era de fato o líder da expedição, ideia essa que era consolidada com a abertura dos portões por parte do velho Tulan, com a voz calma, Skar-ke cumprimentava Mentor e Zul tecendo dizeres polidos:

    – Sua vinda é gratificante Mentor, essa cidade representa muito para alguns e muito mais para mim que tento mudar os rumos do nosso povo.

    Skar-ke contemplava o céu.

    – Oque foi feito aqui é inimaginavel, apenas nossos esforços conjuntos podem desfazer o mal que macula essa terra, sou jovem e inexperiente...

    Colocava sua mão em seu peito.

    – Mas dentro de mim, a determinação é tão grande e poderosa quanto a de qualquer outro nobre feiticeiro, somos filhos desta terra e irmãos, pode ser que o mesmo sangue não percorra nossas veias, mas nossos espiritos são um só.
    É uma honra te-los aqui ao meu lado, tanto você meu filho quanto voce Lorde Mentor.

    Oferecendo um sorriso gentil e um olhar sólido ele caminhava até o interior da cidade, seus olhos percorriam toda sua extensão majestosa que agora se acendia em tochas, refletindo o solo sagrado, aonde a glória e o sofrimento dos feiticeiros havia sido moldado pelas mais diversas escolhas, muitos homens haviam adentrado ali e encontrado as facetas de seu destino. Para Skar-ke que embora já tivesse caminhado por ali aquele momento resguardava um sentimento ainda mais especial que entristecia ao ver os efeitos da miasma circundante, Skar-ke então fechava os olhos, sentindo o pulsar, o espírito coletivo que regia todas aquelas fortificações, aquele que havia outrora chorado no combate agora se encontrava em agonia. Logo de seu corpo sua energia espectral começava a fluir numa crescente intensidade e de maneira pura, na mesma sintonia que as técnicas de cura de origem espectral, a mesma envolvia o grupo afastando a miasma e se expandia pelas ruas procurando mapear o perímetro e procurando detectar a presença de indivíduos vivos. Antes de adentrar a cidade totalmente a cidade, Skar-ke plantava três selos iguais fora dos portões, nos portões e a cinco metros destes, em seguida o mesmo gerava dois clones de si mesmo que corriam nas ruas que circundavam a muralha, embora em direções opostas até atingirem as edificações mais importantes de suas direções aonde eles deveriam abri-las e verificar a existências de pontos ou pessoas que mereciam a devida atenção. Ciente da experiência de Lyken Orsus e anseando para obter os ensinamentos e experiência deste, ele esperava que ele mostrasse o caminho para o grupo principal, uma vez que ainda não estava totalmente certo a respeito da origem do processo de corrupção.
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    Mensagem por Zul Mak Qua Out 23, 2013 8:58 pm

    O grande portão permanecia parado e pareceu não ouvir pela suplica de Skar-ke, no entanto algo surgia naquela noite e para junto dos aventureiros. Era ele, Mentor. Percebeu que naquele momento o líder do grupo havia chegado. Assistiu a abertura do protão calado e logo após seguiu-os por dentro da cidade sempre atento.

    OFF-Desculpe-me a pobreza do post, mas é que estou sem criatividade e só postei para não parar a ação.
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    Mensagem por Mentor Qui Out 24, 2013 9:13 am

    O silencio impenetrável da cidade incomodava Mentor, o hálito da morte se espalhava pelo local. Uma parte de si desejava ter mais homens, por mais que fossem empenhados e até certo ponto fortes, Skar-ke e Zul Mak não seriam de grande valia caso um inimigo da mais alta estirpe surgisse, desejo porém que abandonava com facilidade, mais homens significariam mais mortes, ou seja, mais sacrificios inúteis. Ele se voltava aos dois que o acompanhavam, Skar-ke aparentava ansiar por salvar a cidade sagrada, ao passo que Zul Mak parecia inerte e sem muita reação, ele não poderia permitir que ambos ficassem daquela maneira e assim dizia:

    - Não nutram sentimentos, abandonem o medo, a raiva, o ódio, o orgulho ou qualquer que seja a emoção que carregam neste momento, a cidade se alimentará deles e cultivara dentro de voês a semente do desespero, um grande poder se encontra adormecido abaixo da cidade, algo terrível que nem eu mesmo sei oque é - Ele colocava sua mão no solo e então dizia - mas posso sentir, essa força escusa remoe-se abaixo dos nossos pés.

    Mentor se levantava e então olhava em direção do Grande Palácio da Luz Impetrável, sede do Alto Conselho há mais de 2000 anos e procurava uma presença, ao fechar os olhos ele procurava a cidade toda procurando pelos sinais de luz que pudesse sentir, por fim informava os demais:

    - Temos que encontrar mais ajuda, há vários feiticeiros que permaneceram dentro dos muros da cidade, eles são nossa única esperança, eu posso sentir algo pior do que a morte rondando essas muralhas e mesmo dentro delas, eu sinto o fogo do Império Honoo, apenas nós três não seriamos capazes de enfrentá-los, comecemos pelo homem que tem protegido com honra essa cidade nos ultimos anos, precisamos encontrar Saladin...

    A presença de Saladin estava confusa em sua mente mas ele sabia que eles estava em algum lugar, assim Mentor se concentrava ainda mais e partia tomando a rua norte da cidade em direção aos circulos superiores ele abria a névoa maligna com sua lâmina e ficava atento ao mal, deteriam aqueles que ousavam trazer o disturbio custasse oque custasse, pois se falhassem a Conversão Harmônica iria.........


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    Mensagem por Zul Mak Seg Out 28, 2013 7:01 pm

    Tulan parecia-lhe agora o sonho de uma criança em sua beleza e ingenuidade, sempre vivido e cheio de esperança. Entretanto, como todo sonho, havia acabado. A cidade sagrada, como advertiu Mentor, alimentava-se dos sentimentos nutridos por daqueles que caminhavam por seu solo sagrado, e o que o jovem sentia naquele momento era medo. Não medo da morte ou de encontrar um inimigo que fosse superior em combate, mas medo de não poder salvar a cidade do sofrimento que ela agora estava mergulhada. A medida que iam avançando se deu olhando para trás e percebeu que os portões já não podiam mais serem vistos, o caminho que seguiria a seguir era sem volta, e de tal forma deveria ser bravo a partir daquele momento. Alfir estava por fora dos portões, invejava-o. As sombras certa vez já o quase consumirão por completo, mas foi graças a sua esperança que pode ver a luz novamente. Seria a esperança que mais uma vez o salvaria?Certamente não, quem o salvaria seria ele mesmo.

    Novamente permitiu-se olhar para trás, mas dessa vez parou e pensou consigo "O caminho da glória apenas é encontrado com conquista." A hora havia chegado, a hora de seguir o seu próprio caminho. Skar-ke e Mentor já estava a alguns metros na frente e a sombra atrás deles já tornava-se espessa mais uma vez, e foi neste momento que o jovem criava coragem e despistava-se do grupo seguindo seu próprio caminho.

    Correu por entre as vielas da cidade com a velocidade de um homem comum. O folego lhe foi generoso, e conseguiu chegar até a parte oeste da cidade com facilidade e sem muito cansaço físico. E foi neste momento que deparou-se com a escuridão a sua volta e sozinho. Em tempos antigos seria o fim ali mesmo, mas pelo acaso resolveu olhar para o céu. A névoa a tudo escondia, e tornava a tudo esquecido, contudo dessa vez a Lua apareceu nos céus. Afugentada por trás das nuvens, no momento certo ele olhou para cima e ela bela resolveu mostrar-se. Os cabelos negros tornaram-se claros a luz da Lua que a tudo iluminou naquele momento e pela primeira vez não sentiu-se sozinho. A criança dentro de si ainda era viva, mas um homem estava para nascer. Ele baixou a cabeça e levantou-a novamente e uma lágrima correu pela fina pele branca e o término da vida daquela lágrima deu-se no chão. Aquela gota significou a morte de um jovem e o nascimento de um homem e neste mesmo momento a lua novamente foi ofuscada pelas nuvens e as trevas haviam retornado. Por um momento pode sentir a calmaria que tanto amava e a paz a tanto buscada. O caminho que seguiria seria o da alma. A armadura o corpo. E a paz a Lua. No dia que amanheceria Zul-Mak Sirannus renasceria.  

    Retirou das costas a espada necromante, a qual empunhou pela primeira vez nas profundezas de Nechropodes. E sobre o braço direito estava o escudo de carvalho, encontrado nas florestas sagradas do sul. O vento ao caminho que deslocava-se tornava-se ainda mais forte e o seu manto deslocava-se com majestosidade quando o vento batia sobre o grosso pano. O escudo o protegeria do perigo iminente, e Hocho o asseguraria de lutar contra esse perigo. Obstinado, jurou a si mesmo que acabaria com o mau em Tulan nem que isso custasse a sua vida. Prosseguiu pelas sombras em direção à Torre do Alto Conselho, onde acreditava estar Saladin. Contudo, quanto mais se aproximava a força do mau ia crescendo e o terror aos poucos surgindo.

    Permitiu-se dizer:


    -Fique comigo, Mãe.
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    Mensagem por Admin Seg Out 28, 2013 7:24 pm

    O interior de Tulan se encontrava diferenciado, aqueles que adentravam a cidade se sentiam estranhos e não eram capazes de entender o porque disso. O lugar onde se encontravam era absolutamente liso. No mundo humano raramente se ve superficies lisas, pois as arvores e casas e sebes dão um perfil ondulado a paisagem. Mesmo a grama estende a miríade de suas lâminas. Mas ali, no ventre da noite, a lama molhada, ilimitada, era tão lisa quanto um pudim negro, se fosse areia molhada, ainda assim possuiria pequenas marcas de ondas, como o palato da boca. Nessa enorme vastidão lisa, vivia um elemento - o vento. Pois o vento era um elemento. Ali porém era uma dimensão, um poder da escuridão. No mundo humano o vento vem de um lugar e vai para outro e, nessa caminhada, passa pelos lugares - árvores ou ruas ou cercas vivas. Este vento vinha de lugar nenhum. Horizontal, infinito, sem ruido, exceto por uma ressônancia tangível, seu ésp dimensional assombroso se estendia pela lâmina e pelos prédios retorcidos da cidade profana. Podia-se traçar nele uma linha como uma régua. A titânica linha cinza era inamovível e sólida, podia-se pendurar algo nela e este ficaria pendurado.Quando Mentor tentava sentir presenças vivas por perto ele era incapaz de perceber com clareza coisa alguma no entanto sentia algo, fronteiras tinham sido colocadas nesse purgatório profano. Longe, ao leste, talvez a uns dois quilometros de distancia, havia uma inquebrantável muralha de som. Oscilava um pouco parecendo se expandir e contrair, mas era sólida. Era ameaçadora, desejosa de vítima - pois era o oceano imenso e implácavel. Cerca de uns três quilometros a oeste havia três pontos de luz formando um triangulo. Eram as fracas lamparinas de cabanas de pescadores que tinham se levantado para pegar a maré dos canais complicados do pantano de sal. Suas aguas as vezes corriam na direção contrária à do oceano. Quanto a Zul-mak, este era absorvido pelas trevas que envolviam a própria noite, ele já não podia ser visto, nem sentido, ele fazia parte do destino de Tulan.Essas eram as características completas de seu mundo, o ruído do mar, e essas três luzes pequenas: escuridão, planura, vastidão, e umidade, e, no golfo da noite, a corrente do golfo do Vento.

    MUSICA TEMA:

    01- O Chamado do Vento(Musica Tema de Tulan)


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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Ter Nov 05, 2013 11:23 am

    A caminhada comedida e pacífica que introduzia o grupo era cortada,interrompida de súbito pela atmosfera distinta que se extendia pela capital. Se por um lado o mundo externo e circundante estava completamente exposta as nuances da natureza, o interior da cidade pairava em seus próprios e curiosos alicerces. Era com o batimento acelerado do peito que Skar-ke procurava os sinais que almejava, buscando conciliar sua ansiedade com a instrução de Mentor, deveria reter seus sentimentos, não deixaria que seu ímpeto botasse a perder a conversão harmônica iniciada por Lyken Orsus. Se por um lado ele se continha desejoso de que tudo assumisse seu devido espaço, aquilo não era seguido por Zul-mak, e numa fração de segundo uma miríada de pensamentos inundou seu cerne, deveria correr atrás do filho? Sua tez paterna ponderou e ao invés de ecoar no habitual murmúrio fraco deu lugar a um rugido ``Deixe estar``, com o conselho do espírito de progenitor que por pouco tempo regeu todo seu ser, ele deixou Zul-mak ir, impedindo também qualquer possível protesto que Lyken pudesse fazer ao caminho escolhido pelo filho.

    – Ele precisa se encontrar Lord Mentor, seguir seu próprio caminho, saber aonde se encaixa diante dos egos poderosos que coordenam o mundo...

    Skar-ke respirava fundo, retendo a sombra de lágrimas, a menção ao caminho que Zul deveria trilhar lembrava-o dos dizeres de sua esposa prestes a partir para o Shinu e ele ainda não se encontrava sólido o bastante para contestar aquelas memórias dolorosas. Respirou fundo e olhando nos olhos de Mentor disse:

    – Imagino que o senhor também almeje encontrar suas próprias respostas em meio a miasma meu Senhor, se quiser seguir sozinho entenderei, pretendo encontrar as chaves para que nossa expedição se reforce, se quiser vir comigo ficarei grato

    Ke então erguia sua mão e a colocava sob o peito de Mentor:

    – De qualquer forma ao maior sinal de dificuldade não irei me reter em ativar esses selos, o mesmo cabe ao senhor Lord Mentor.

    De fato Skar-ke havia posicionado um selo de invocação reversa sob o dorso de Mentor ligado a um selo de mesmo tipo que ele possuía tatuado no corpo, assim poderia se teletransportar em socorro ao parceiro se necessário e vice-e-versa. Tendo sido os preparativos arranjados, postou-se a caminhar no mesmo rítimo cauteloso para o lado oposto ao de Zul-Mak, mentalizando as outras vezes em que ele havia caminhado pelas ruas da capital Skar-ke agora buscava os ares da  grande biblioteca que protegida pelo vento soberano da cidade, guardava não só fontes de conhecimento como feiticeiros poderosos, uma vez que, pensava ele, Saladin seria um dos principais alvos inimigos e muito provavelmente já estaria cativo, sendo o acesso á ele uma questão envolta em delicadeza elevada.

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