Tambores de guerra soavam por toda a enseada anunciando a chegada de um exército vil, em meio aos sons dos tambores e a marcha dos soldados, um trovão grita nos céus e a enseada é alvejada por uma chuva de raios, Neltharion era protegido pelos bone loops de Raykon, de fato ele mal percebia os trovões e os espíritos passando, sua mente habitava outro lugar, ele olhava a tudo em sua volta, sua mente travava por um segundo, aquela cena, os soldados marchando, as armaduras fazendo barulho, os estandartes erguidos, ele se lembrava de tudo aquilo, a guerra era sua real companheira, seu trabalho e sua casa, o grão-general sentia uma imensa paz dentro dele, mesmo prestes a exterminar centenas, era só no calor do combate que esse lado de Deathwing se mostrava, depois vinham os ressentimentos, as magoas, o peso das vidas que caiam sobre sua lâmina. Neltharion então olhava em volta, haviam aproximadamente 500 soldados, todos iguais, também haviam sacerdotes espalhados pelo campo de batalha, mas acima de tudo havia Havik, seu "Velho amigo", a visão dele causava sentimentos de repulsa no general, ele dizia:
- Há quanto tempo Havik? Vai ser um prazer mandar-lhe de volta pro inferno
Visivelmente insatisfeito, Neltharion tirava um pequeno frasco de suas vestes, dentro dele, havia um pó azul, ele abria o frasco e deixava o pó se espalhar pelo ar, mas isso só durava pouco tempo, logo, ele fechava o punho, como se estivesse segurando uma espada, o pó então convergia para o vão entre a palma da mão e os dedos do cultista e em seguida seguia uma espécie de linha por mais um 90 centímetros de onde o punho dele terminava, logo, o pó ia se juntando cada vez mais, as partículas do pó começavam a se unir, em breve, eram pedaços de metal, em seguida, fragmentos de lâmina, até que o pó se tornava uma katana ornamentada, com aspecto rústico, porém bem afiada e trabalhada, em cada um dos lados de sua lâmina, havia um dragão azul escuro pintado, o resto da lâmina conservava a cor normal de uma espada normal levemente usada. O guardião do trovão dizia:
- Uroe estava sedento...
Aquela espada era Uroe, o arauto do terror, a nova arma de Neltharion, forjada com os restos de sua espada antiga, Kirin, quebrada em batalha. Com a ajuda de Lorde Azazel, o grão-general conseguiu reduzir os estilhaços da espada a partículas que ainda mantinham suas propriedades e controlá-los, podendo reorganiza-los do modo que preferir, no caso, uma katana. O cultista então ouvia Raykon gritando para ele se focar na serpe acima dos dois. Sem falar nada, ele começava a "cortar o ar" com a espada, ele fazia vários cortes e enquanto cortava, faíscas começavam a sair do atrito da lâmina com o próprio ar, essas faíscas então explodiam em trovões de energia e começavam a rumar em direção a enorme serpe. Em uma fração de segundo, Neltharion se teleportava¹, deixando apenas outra faísca no local aonde ele estava, e ia parar por volta de 100 metros acima da serpe, caindo, ele então continuava a cortar o ar, fazendo mais faíscas e mais trovões, porém, esses caiam mais rápido que o grão-general, indo em direção a serpe, o "sanduíche" de trovões atingiria a serpe em cheio, deixando-a atordoada com a dor dos choques aplicados no impacto dos ataques, o guardião do trovão então, segurava a espada na frente de si, ela virava pó novamente e se reorganizava, formando uma lança, com uma imensa corrente presa atrás dela, Neltharion segurava a lança com ambas as mãos, colocando seu peso nela e simplesmente deixava-se cair na serpe, de modo a crava a lança na mesma de um lado a outro, ele então colocava seus pés sobre a serpe e os usava para se impulsionar, pulando da mesma, durante o salto, ele segurava a corrente presa a lança com força e ao saltar, se pendurava nela, tentando usar seu peso para fazer a serpe cair.
¹Static Teleportation
