Age Of Chaos

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RPG de Fórum que conta o eterno embate no mundo de Tellus entre as 3 Grandes Facções: Os Feiticeiros, Os Templarianos e os Aliancistas.


    = Interlúdio I = Fúria Primordial =

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    Mensagem por Admin Ter Fev 25, 2014 1:12 pm

    = INTERLÚDIO I =

    = FÚRIA PRIMORDIAL =

    Há muito, muito tempo no tempo antes da Separação, existiam deuses que detinham o domínio sobre os céus celestes e influenciavam as pessoas do mundo, através de seus servos angélicos e clérigos mortais garantiam que a paz reinasse, e que a prosperidade se abatesse sobre todos. Apesar de bem sucedidos em sua tarefa o domínio de sua soberania era colocada em cheque pelos Primordiais, seres elementais antigos com os quais os deuses nutriam inimizade de longa data.

    Quando o véu entre os mundos foi rasgado pela primeira Conversão Harmônica, deuses, primordiais e mortais de todo o multiverso foram subitamente jogado juntos, o resultado imediato gerou vários conflitos de grande escala em erupção ao mesmo tempo. Eventualmente, o caos absoluto deste evento cataclísmico terminou com todos os lados sofrendo pesadas perdas. A maioria dos deuses e primordiais, no entanto se mataram no grande pandemônio. Com a morte dos Primordiais, os elementais sob os seus auspícios foram libertados de seus limites ecoando em confusão total, essencialmente, tornando-se animais selvagens. Fora do limite da sanidade. Ao passo que com a morte dos deuses, muitos de seus servos angelicais perderam todo seu senso de propósito, começando a vagar sem rumo pelas ruínas de seus mestres, enlouquecendo lentamente ao longo dos séculos. Alguns, no entanto tomaram os dogmas de seus deuses, seguindo-os no grau mais extremo. Servos do Deus da Lei Seratus, passaram a caçar criminosos sem piedade, onde quer que se escondessem, servos do Deus da Guerra Thevarius, procuravam a todo momento acender as chamas do conflito e da discórdia, servos da Deusa do Amor Denerith, encantavam e forçavam pessoas a se tornarem escravos e amantes umas das outras, assim por diante.

    Os servos do deus da luz Miraak, tinham uma ideia completamente diferente. Tendo perdido no cataclismo a obra prima das pesquisas de seu mestre, “Pelor” o ser perfeito como o chamavam, tentaram absorver os presságios de seu mestre de uma maneira mais mundana. Utilizando as forças ancestrais que possuíam dádiva do senhor da luz, incutiram todo seu poder em uma criança humana, criando um novo deus da luz, que seria abençoada tanto pela força de seu antigo senhor, como pelo poder da sabedoria ancestral que detinham, assim começou a moldar a criança à imagem de seu mestre. Apesar de uma fonte de grande poder divino, e visto por muitos mortais como um ser de temor e poder inspirador, Helios, como fora batizada, ainda era uma criança pelo cômputo dos celestiais imortais. Onde uma vez os deuses governaram os celestiais com autoridade absoluta, agora os celestiais influenciavam a vontade de um deus para seus próprios fins, preservando seu modo de vida de antes da Separação e das seguintes guerras.
    No entanto com o passar dos anos, as populações de mortais começaram a crescer em desordem, sem os Primordiais caçando, consumindo e escravizando os povos do mundo, a humanidade e outros povos sapientes, tiveram a oportunidade de se levantar poderosa. E com ela levantou-se um profundo sentimento de indignação, enquanto os povos de Tellus sofriam, com doenças, desastres naturais, fome, os celestiais se deleitavam, colhendo plantações inteiras em seus arenques protegidos. Esse sentimento maligno começou a alimentar sombras adormecidas. Abaixo da terra, do mesmo solo em que caminhavam os restos das sombras que um dia assolaram o mundo repousavam. Mas não estavam totalmente eliminadas, sua conexão com o planeta e suas formas de vida era tão intima que um elo de simbiose havia sido instaurado, sem o conhecimento dos celestiais. Acima, Helios pressentia com temor que algo se movia na escuridão, mas era silenciado por seus conselheiros, que ingenuamente alegavam que o mal estava a muito vencido. Desconfiado ele lançou sua mente para a terra e além, mas era tarde, invadindo seus palácios flutuantes feitos de puro ouro os filhos das bestas antigas exerciam a fúria e a vingança que a tanto desejavam. Sem tempo, vendo seus antigos protetores caindo sobe o jugo das bestas, Helios se trancou em seus aposentos, ali ele forjou, do ouro de seu próprio quarto vinte estátuas das mais diversas formas, e nelas colocou todo seu poder, com isso seu corpo mortal se desfez o tornando em uma entidade totalmente diferente. Lapidou então o ultimo detalhe em suas estatuas, dividindo a si mesmo em vinte e uma partes iguais, uma para cada obra, e mais uma para ser enviada aos homens. Os celestiais arderam e queimara em sua própria arrogância, e então a guerra começou.

    Antes do tempo dos feiticeiros, antes dos clãs e das demais ordens, foi travada uma grande batalha. A ira dos Primordiais, os primeiros seres a forjarem a terra. Saiu de controle por uma eternidade. E a partir dessa raiva, da loucura da guerra, surgiram os Eríneos, nem primordial, nem celestial, nem mortal, nem sombra. Os Eríneos obedeciam a ninguém. Pois eram os guardiões da honra, executores do castigo. A Ruina dos traidores. Desafiando a vontade de seus pais, os Eríneos se aliaram as poucas raças livres de Tellus, e concedeu a eles um poder avassalador. Escolhendo guardiões entre os mais habilidosos para enfrentar o jugo de seus captores, e velar pelas forças naturais de todo o mundo. Eles eram, Aether, senhor da luz, Ananke, senhora da necessidade; Chaos, senhor do vácuo; Chronos, senhor do tempo; Erebus, senhor das trevas; Eros, senhor do desejo; Gaia, senhora da terra; Hemera, senhora do dia; Hydros, senhor das águas abissais; Nesoi, senhor das ilhas; Nyx, senhor da noite; Ophion, senhor das serpentes; Phanes, senhora da procriação; Pontus, senhor dos mares; Tartarus, senhor do tormento; Nimrod, senhor dos sonhos; Morpheus, senhor da ilusão; Clotho, senhora do destino; Thesis, senhora da criação; e Uranus, senhor dos céus. Juntos os vinte guardiões uniram suas forças para combater os antigos Primordiais, porém sozinhos não eram capazes de sobrepujar a força representada pelas bestas. Foi quando Helios o Deus da Luz, renascido da esperança dos homens presenteou os guardiões primordiais com suas belas estátuas de ouro, com perfeição elas se moldaram ao corpo de cada um deles, ampliando seus poderes, e se fundindo a eles. Além disso Helios prometera ajudar na luta contra os primordiais, com sua ajuda a vitória seria garantida.

    A grande batalha se iniciou, maremotos invadiram continentes, os céus eram rasgados pelo sol, por raios, pela chuva e pela ventania, conforme os guardiões enfrentavam a fúria das bestas. Ao seu lado os Eríneos mantinham em cheque as forças brutais dos exércitos de seus pais, dizimando dezenas de milhares deles. A batalha parecia ganha, mas nenhum sinal de Helios pendia em lugar algum, se recusando a dar-se por vencido, Lacthoris, a rainha das bestas, engoliu os restos de seus irmãos, fundindo sua carne a deles. Devorando terra, agua, ar, carne e vegetação, a besta avanço, consumindo tudo em seu caminho, vivente ou não, sua loucura instigava o medo em todos, e as populações humanas corriam, a visão apocalíptica a sua frente significava o fim do mundo. Sentindo-se derrotados e sem a ajuda do deus que prometera auxilio, os Eríneos, baixaram suas armas, esperando por seu fim. No entanto os guardiões enfurecidos pela traição de seu protetor, deixaram que as forças primordiais que carregavam tomarem conta total de seus seres. A explosão de poder combinada dos vinte quebrou as barreiras que pendiam as dimensões separadas, revelando o mundo de Tellus a todos os outros. Queriam que todos soubessem naquele momento, que a humanidade não precisava de deuses ou celestiais para proteger seu mundo, sua força ecoaria pelos céus e faria todas as forças sombrias repensarem seu lugar no universo. A armaduras douradas de Helios ardiam nas chamas dos elementos primordiais, quebrando totalmente o vínculo com seu criador. Elas agora eram armas daqueles homens e mulheres. Com uma rajada furiosa os guardiões aniquilaram a besta, conforme seu corpo se arrastava para o fundo do oceano abissal, a terra se deformava e moldava-se, em novos continentes e ilhas. O mundo estava salvo, mas ainda havia um assunto pendente...
    Entendendo que seu tempo havia passado, os Eríneos se retiraram, adormecendo junto a natureza, guardando-a e velando por esta. No entanto por mais que tivessem agido de maneira conjunta perfeitamente, os Guardiões discordavam no que deveria ser feito quanto a Helios. Alguns o tinham como traidor, sendo perigoso demais para ser permitido viver. Outra parcela no entanto discordava disso, e pensava no antigo deus como um salvador silencioso, impossibilitados de chegar a um acordo, os dez que acreditavam que Helios era uma ameaça se separaram dos demais, eles clamariam agora pelo titulo de Primordiais, enquanto seus demais amigos protetores, iriam se tornar mundialmente conhecidos como os Almight, aqueles que cuidam da integridade de toda Tellus, para que ela nunca se quebrasse novamente em uma guerra de tamanha proporção.

    Muitos anos se passaram, mas os Primordiais nunca foram capazes de encontrar Helios, não até um evento muito importante. Por anos caçando traidores que violavam seus votos de honra, os primordiais se depararam com os Feiticeiros. Quando Oaran chegou ao poder, percebeu que não tinha que teme-los, os Primordiais buscavam punir apenas os que eles consideravam culpados. Em troca no entanto, dos serviços deles, Oaran ofereceu uma informação inestimável, a localização do deus antigo. Aparentemente Helios se desvirtuara de seu caminho a muito tempo, ao perder seu palácio e servos, e até mesmo seu corpo físico, ele enlouquecera, e planejara roubar a essência viva dos Guardiões utilizando as armaduras que dera a eles, no entanto com o fervor dos poderes desconhecidos que empunhavam eles haviam sido capazes de superar a ligação com Helios, e ele fugira desde então, tentando forçar humanos tolos o bastante a criar novos acordos com ele. Quando o deus, fez uma jura de sangue com Oaran, e traiu o Rei dos Feiticeiros mais tarde, os Primordiais entraram em ação rapidamente. Os dez perseguiram Helios implacavelmente, e quando capturaram o deus, torturaram-no sem piedade, pois os Primordiais achavam que a morte seria boa demais, para esse perjuro. Helios o Deus da Luz se tornou um exemplo para todos. Um símbolo especial para quem pensava em quebrar uma jura de sangue a um primordial...

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