Age Of Chaos

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RPG de Fórum que conta o eterno embate no mundo de Tellus entre as 3 Grandes Facções: Os Feiticeiros, Os Templarianos e os Aliancistas.


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    Distrito de Hespéria

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    Mensagem por Admin Seg Nov 11, 2013 1:00 pm

    As periferias de Tulan sempre foram um local a ser evitado pela grande elite, não pelo fato de o local lhes oferecer qualquer forma de perigo, mas pelo fato de as forças sombrias que um dia habitaram a cidade terem sido, segundo as lendas, subjugadas e seladas nessas zonas de aura pesada. De todas as 5 zonas periféricas da cidade sagrada a mais terrível e menos visitado era o distrito de Hespéria, localizado no extremo norte da cidade entre as montanhas e o lago Groom, as vilas que ali ainda existiam eram conhecidas por serem inabitadas a séculos, havia pouco a se fazer ali, e muito a se temer. A paisagem era infértil, o solo arenoso lembrando um deserto, e por conta de sua altitude elevada nuvens negras de chuvas vindas da capital sempre pairava pelo local acrescentando um ar ainda mais perverso a paisagem. Os prédios de outrora estavam abandonados havia tempo mas seu estado de conservação era ótimo, era possível entrar em todos sem se preocupar com desabamentos, mesmo assim era escasso a visão de um deles, sendo o prédio principal do distrito uma pequena igreja cujas velas estavam sempre acesas, dia ou noite. Mais próximo ao lago poucas cabanas de tecido e couro restavam sempre molhadas pela névoa e encharcadas pela chuva.


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    Mensagem por Admin Seg Nov 11, 2013 1:35 pm

    Skar-ke caminhava muitos quilometros pelas intrincadas vielas da cidade Santa, mas suas buscas por algo eram infrutíferas, além de ter se separado de Mentor ele agora estava perdido, a névoa impedia a visão impossibilitando a orientação até mesmo dele que havia caminhado muitas vezes por aquelas ruas, mas, agora, o local em que se encontrava lhe parecia totalmente estranho. Para piorar ele podia sentir que o seu selo reverso não estava funcionando, se algo ocorresse com ele, ou com Mentor, seria impossível o teleporte. Ele agora se encontrava em uma paisagem desolada, aparentemente abandonada, a corrupção ali era muito mais poderosa do que por qualquer outro canto da cidade que havia caminhado, se a fonte do mal fosse aquele lugar, de fato estaria muito perto. Mas havias algo no ar que impedia Skar-ke de descansar, enquanto caminhara com Mentor, ou pela névoa, ele não sentira nada, apenas o medo de um ataque surpresa, instinto natural de um ser vivente, no entanto, agora sentia como se fosse alvo de algo ou alguém, estava sendo observado, era seu lado feiticeiro falando mais alto, e algumas vezes ao longe podia ver um vulto se movendo. Finalmente, ele podia ver uma silhueta e uma presença nobre e imponente ao longe, seu rosto ele não era capaz de reconhecer, pois aquele homem nunca havia visto, ele apenas o observava com um sorriso em sua face, e em uma de suas mãos uma estranha bolha de energia flutuava. Nada dizia, apenas observava, seu olhar era real, mas algo nele não inspirava confiança, o homem observava, e observava ao longe, no piscar de olhos seguinte de Skar-ke o ser sumia de súbito e aparecia alguns metros acima do feiticeiro, em seu ombro um corvo pousava e grasnava em seu ouvido:

    - Croc! Croc! Croc! As asas que me deram, só me lançam sobre brasas! Nada de me indicar
    rotas que me levem direto a sua casa! Croc Croc Croc ! Palavras são armas perigosas afiadas, cortantes e venenosas enterram no peito profundamente! Croc! Os pés que me deram também me levam a armadilhas! Atravessam a alma, inflamam na mente! Croc Croc! Nada de caminhar seguro ou descobrir novas trilhas! CROC CROC CROC! Cheias de crueldade e malícias delicadas, disfarçadas de delícias, armadilhas que nos prendem ao tocar nos olhos as palavras vão entrar e da mente não poderei mais tirar
    - O corvo parecia incomodado, tentava esfregar seus três olhos em suas penas como se algo estivesse impedindo sua visão, aos poucos lágrimas de sangue escorriam por suas penas tamanha força que ele investia em sua tentativa - Assim é também
    Com os olhos, melhor era ser cego, pois tudo que eu vejo, por serem incrédulos, sempre negam! CROC CROC CROOOC CROOOC!!! O eco seco do seu mau-olhar me causando sempre um mal estar então guardai pra si tais ameaças estas palavras, suas desgraças!!! CROOOC CROOOOOC!!


    O imenso corvo negro voava rapidamente na direção de Skar-ke, muito mais rápido do que este seria capaz de desviar, e começava a bicá-lo arrancando tufos de seu cabelo e abrindo-lhe a carne de sua cabeça aos poucos, suas pequenas patinhas arranhavam seu rosto e o faziam se acuar, o corvo parecia enojado com a presença de Skar-ke no lugar, ou se não muito furioso. Só cessava seu ataque súbito no momento em que o homem que assistia tudo de cima da catedral o mostrava um punhado de pó branco, o corvo então soltava um enorme Crocitar que lembrava um rugido infernal e voava novamente até o homem, ao se aproximar ele jogava o pó da mão do homem no chão pois se recusava a comer como um serviçal, se seu lacaio e velho amigo desejava lhe dar um presente este que fosse submisso e pegasse o pó do chão para ele. Era exatamente oque o homem fazia, um pouco a contragosto, e logo o corvo cheirava o pó de coloração branca se acalmando, não era um vício, mas um prazer de um sábio. O homem, continuava a olhar para o degenerado Skar-ke que acabara de ser assaltado pela poderosa ave, o corvo voltava a falar:

    - Renegou-me em troca de prazeres, mulheres, poder e dinheiro seu tolo afoito! CROC CROC CROC!
    Aos pés do homem estavam as placas da armadura de Lord Siellis dara a Skar-ke, elas agora pesavam 100 vezes mais tornando impossível que qualquer um as carregasse, exceto pelo corvo, que as roubara em questão de segundos dos famosos selos de Skar-ke, aquele era um tributo que o corvo planejava tomar até que o feiticeiro se provasse digno de tal regalia mais uma vez.







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    Mensagem por Admin Seg Nov 11, 2013 1:37 pm

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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Qui Nov 14, 2013 9:31 pm

    Eram em momentos como aquele, que Skar-ke questionava a natureza da nobreza, tão logo havia se separado de Mentor o mesmo se via inundado num mar de névoa, estas eram regidas pela miasma em conjunto as trevas vicejantes que circundavam e pintavam o mistério nos subúrbios de Tulan, sua mente aos poucos apagava a vaga esperança de atingir seu bom amigo Envis Corikian e seus correligionários que muito provavelmente estariam se resguardando na biblioteca anciã. Era nesse contexto, que, se algum ser vivo estivesse próximo, ouviria os passos pesados e compassados de Skar-ke, que havia abandonado seu andar de porte régio para aderir a uma corrida em clima de batalha, como se tecesse uma fuga, o Regente possuía a psique turva, desconhecendo por onde deveria orientar seus passos uma vez que Atellos, A Emissária Lunar, misteriosamente perdia a sensitividade com os que se encontravam na biblioteca. Era assim que, com a respiração pesada, ele desbravava as ruas de um subúrbio que poucas vezes havia visitado e que agora parecia munido de desconfiança, fazendo com que em sua súbita corrida o Sirannus tentasse acertar os vultos que o rodeavam, perturbavam e o faziam questionar a própria saúde, pois por mais que sua mente não fraquejasse ele estava certo de que algo o rodeava, o perseguia e o atraía para um ponto de armadilha. Suas pupilas, pareciam dilatas, ora estimuladas pela aura opressora ambiente, ora pela ciência que Skar-ke obtinha de que não possuía mais contato com o selo que havia colocado em Lyken Orsus. Percebendo que a ansiedade em nada o ajudaria, Skar-ke respirava fundo, colocando a mão no solo e analizando a poeira de Hespéria, tomado por uma súbita calma ele permitia que sua mente fluísse e se expandisse, ordenando o rio turvo de seus pensamentos, agora Skar-ke se sentia apto para analisar o ambiente com destreza e identificar os pontos que destoavam na paisagem desolado, supostamente, o local era um âmbito abandonado, mas o estado de conservação elevado dos prédios levavam o Sirannus a adentrar em um deles, o escolhido era a igreja, cuja as velas acesas o perturbavam, silenciosamente ele caminhava pelo interior do edifício buscando qualquer sinal que explicasse a origem do status especial que Hespéria ostentava,  e foi assim que, quando a figura do corvo interrompeu seus pensamentos já desconfiado de que alguém o observava, ele se virou jogando a lâmina contra a ave, não na esperança tola de corta-la mas sim de afasta-la junto a seus dizeres insípidos, só alguns momentos depois ele era capaz de reconhecer as duas silhuetas que agora o julgavam de maneira dura, a identificação do terceiro olho da ave o chocava, ele nunca havia se deparado com tal presença antes, mas nos confins de sua memória eram evidentes as constantes referência ao Corvo de Três olhos nos antigos textos Tulanianos. Respirou fundo por um instante se arrependeu de ter deixado a companhia da expedição em grupo, de qualquer forma assim havia sido feito e assim ele prosseguiria disposto a descobrir qual eram os objetivos daqueles enigmáticos seres, e assim o fez erguendo a lâmina e aerguendo contra os dois, permitindo que a voz ecoasse um ''identifique-se'' que possuía uma série de perguntas em suas entrelinhas. Quem eram eles? Oque estavam fazendo ali? E como eles retinham as placas de sua armadura que sua Expansão da Mente agora tentava erguer? Aquelas dúvidas transpareciam no cerne de Skar-ke, que também se questionava a respeito da natureza energética da esfera.

    1- Expansão da Mente
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    Mensagem por Admin Ter Nov 19, 2013 11:33 am

    O Corvo de Três olhos dava uma risada irônica e retumbante, não mais parecia a voz de uma ave, mas sim a sonoridade de um ser extremamente antigo, aos poucos voava em circulos em torno de Skar-ke seus olhos se movendo rapidamente analisando cada parte de seu corpo percebendo fraquezas a serem aprimoradas, pontos fortes a serem desenvolvidos, e o ego extremo do Sirannus que permeava a respiração do profeta com enxofre e calamidades, mas uma vez ria, parecia se divertir com a tentativa do feiticeiro menor de repeli-lo, ou talvez fosse as circunstancias daquele encontro que o divertiam? Mil possibilidades em uma, sua visão era enturvecida pelo turbilhão do futuro do passado e do presente, mais uma vez ele via a morte de Skar-ke, próxima e eminente, não era só a dele, todo aquele mundo pereceria em sombras, o corvo renasceria em uma nova forma como sempre, mas os demais veriam seu fim de uma maneira terrívelmente dolorosa. O tempo, o futuro, suas previsões, nunca falhavam, eram mais do que o destino individual de um ser, ou de uma coisa, suas visões eram o aspecto da realidade em si, as ações e escolhas de cada proeminente desejo humano que viriam a culminar em caos e desespero, pois toda emoção humana era derivada do caos, e nada mais poderiam criar do que seu próprio perecimento. MAS, haviam aqueles que cultivavam esperanças tolas, o corvo sabia a verdade, ele vira com seus olhos e ria da ironia.

    - Age como uma criança FEITICEIRO, tentar repelir minha investida é como tentar evitar o próprio destino, um teste, SIM! Um teste, croc croc, me diga jovem, oque espalha esperança ao surgir, queima e devora ao atingir seu auge, e morre em sombras e calamidade com o tempo? Sabe me dizer? CROC CROC CROC!

    Pousava, de seu bico sangue escorria, mas não era dele mesmo, Skar-ke percebia um leve corte debaixo de sua camisa, e um sangramento.... Percepções reais ou irreais de um louco em devaneio, o corvo sempre fora visto assim, mas ele vira a verdade, e logo todos também veriam, nada poderia mudar o destino deste mundo.

    Um corvo e seus desejos, era isso que permeava a mente do estranho, o medo do desconhecido era palpável em Skar-ke, sabia que viria a sucumbir a eles caso os olhos de sangue se abatessem sobre ele. Mesmo muito longe o cheiro de fuligem e morte da guerra chegava a suas narinas, logo percebia que era apenas impressão sua, seu Haki se prolongara mais do que desejara. Assim recolhia o manto de inspeção que sempre deixava aberto. Nada mais do que simples precauções. Era hora de intervir, o jogo psicológico fora longe demais, após o momento em que o nobre corvo fazia sua charada e Skar-ke respondia, o estranho descia do telhado e parava um pouco atrás do feiticeiro mais jovem.

    - Nobre Bloodraven, por favor permita que eu assuma daqui, faça os preparativos da viagem se lhe aprouver velho amigo - A ave mas uma vez ria, parecia se deliciar nos ultimos minutos por simplesmente estar certa, mas logo voava para longe, ao alcançar o topo do lago desvanecia-se em cinzas e fogo em uma explosão digna de seu feitio. Seus olhos iam de encontro com os do outro, era incapaz de ler suas emoções, seria melhor assim, uma reverencia, e um sorriso, era oque lhe enviava antes de sua costumeira saudação - Já faz algum tempo que não nos encontramos, um bom tempo arrisco-me em dizer, parece um pouco confuso, não o culpo por isso, nunca me viu sem minha armadura antes não é mesmo? Mas nada tema, estou aqui para ajudá-lo.

    Seu sorriso se alargava ainda mais, lembraria-se dele? Muito provável que não, pois assim diziam suas estimativas, e elas raramente se provavam errôneas, sempre dissera a Brynden, os numeros nunca mentem, eles são a essência das leis naturais, algo que mesmo um punhado de ervas e energia arcana não podem tapear, superam nossa percepção pelo fato de serem imutáveis e sempre regulares, através deles, havia visto as probabilidades de quase toda a existencia, e através da forja de seus criadores revivido milhares de vezes eventos antes negados a ele pelo mero fato de tardiamente ter nascido, por essa e muitas outras razões ele se tornara o Oráculo da Grande Ordem, tendo servido o conselho e os altos reis antes deles, os olhos de Lelouch eram permeados pela sombra da noite que caia, as mil estrelas acima eram espectros de sua majestosidade costumeira, seu brilho uma cascata de negrume intenso que recobria toda a paisagem e brincava com a mente dos homens, ele caminhava na direção do lago e parava, não tinha muito tempo mas permitiria a Skar-ke algumas perguntas antes que partisse, caso não soubesse fazer as perguntas certas, ele estaria perdido em seus próprios devaneios.
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    Mensagem por Admin Ter Nov 19, 2013 11:35 am

    08- The Illusion Of Time


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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Dom Nov 24, 2013 6:32 pm

    A mente de Skar-ke enfrentava um processo de choque, em sua percepção elevada, ele era capaz de distinguir que as brumas não traziam consigo apenas a desorientação, mas a coroavam com a presença de duas figuras macabras e ele de fato em seu âmago se sentia um completo tolo ao ouvir o ressonar estrondoso da risada de Corvo, sentido em suas costas todo o peso de ser julgado por aquele criatura desprovida de benevolência, a imagem que se formava em seu imaginário era de uma criatura anciã e retorcida, que enxergava na figura do feiticeiro uma piada extremamente engraçada, mas a qual somente ele era capaz de compreender. Apesar disso, a posição sólida adquirida com os anos de conflito não se abalava diante de Bloodraven, por outro lado, ela apenas ajudava a mente de Skar-ke a permanecer atenta a qualquer rastro da traiçoeira ave, ciente de que, a partir daquele momento sua expedição agora fazia parte de algo maior, uma encruzilhada perigosa com a qual ele deveria ter cuidado ao fazer uma escolha.

    ''Esperança, queima e devora.''

    As palavras da ave ressoavam pelos pontos mais inertes de sua mente, e por um momento, uma série de memórias passaram por seus olhos tristes, memórias de algo que havia lhe trago esperança, havia queimado seu cerne e no fim devorado sua estabilidade. Todas aquelas imagens eram marcadas por rostos. O de seu pai adotivo Alaithis, de seu pai verdadeiro Destructus que em tenra idade viera ter com ele, do rosto daquela que ele acreditava ser sua mãe retratado numa pintura solene em um cômodo ainda mais sombrio, e a face dura de Tiranda Sirannus, havia também seu verdadeiro mestre Trion Zyren, e seus melhores amigos nos anos em que eles não possuíam dúvidas a respeito de construir o bem, a primeira noite com sua amada, os primeiros suspiros de suas crianças e os últimos daquela que havia dado a vida a eles. Não houve tempo para que ele pudesse refletir sobre oque estava prestes a pronunciar, apenas silabou oque ficou transparente em meio a tormenta:

    – O amor. Seja o amor alguém, por algo, por um ideal de convicção verdadeira. Um chamado do coração. É como o fogo na floresta diante de um viajante desesperado, trará luz aos seus olhos em meio ao engrume, e quando forte o suficiente o calor ira protege-lo, mas se o homem for de determinação fraca ou se a vida simplesmente não permitir, o vento e o tempo vão sempre apagar a chama.

    Não fazia ideia se sua resposta era ou não adequada ao que o  profeta da tempestade simplesmente disse, talvez não estivesse de fato respondendo por sí mesmo, pois ele agora sentia o sangue quente a escorrer lhe ao pescoço, e talvez fosse o efeito daquele corte que o fizera ignorar a outra presença toda aquele tempo, mas agora ela se dirigia a ele, majestosa e cortês, uma figura que decerto sua mente aparentemente conhecia, uma figura inspiradora, em sua juventude Skar-ke pouco buscava absorver dos cavaleiros rudes e fortes, mas sim dos grandes administradores, daqueles que eram permeados por um auto controle e elegância que pareciam controlar tudo com uma harmonia estonteante, harmonia essa que ele sentia ao ouvir a voz do elegante indivíduo, a citação de uma máscara, seria possível? A última vez que estivera na presença dele fora em Vanáthos, e agora ao ver seu rosto, a parte que não estava incrédula se sentia honrada.

    – Para onde vamos? Por que vamos? Oque ocorre com o mundo e como deverei aprisionar as sombras? Diga o que vê para min Lelouch, estimado Oráculo.

    As palavras ressonavam acompanhadas pela percepção de Skar-ke, que notavam um curioso dualismo, a figura macabra do Corvo que através do mistério conhecia a verdade em contraponto com a figura de Lelouch que se ligava a competência e exatidão.
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    Mensagem por Admin Dom Nov 24, 2013 10:30 pm

    - Oque eu prevejo? - Skar-ke sentia seu corpo ser puxado, para que direção ele não poderia dizer, mas o ar que o envolvia trazia uma sensação inusitada, nunca experimentada antes por ele, aquela era a bocarra do tempo, a sensação que envolvia os poucos feiticeiros capazes de viajar no tempo, seu cheiro era como hálito de um dragão, enxofre fogo e carvão, misturados ao sangue efervescente, férreo, pesado, ardente e furioso, carregava a consciência de Skar-ke para fora de seu corpo e muito além, a ultima coisa que presenciava eram os olhos do Oráculo brilhando como se lanternas de fogo branco tivesse sido acendidas dentro de sua cabeça. - Eu prevejo uma nova era Skar-ke.

    O feiticeiro então via seu corpo logo abaixo dele, e aos poucos era levantado em direção aos céus como se uma força maior o puxasse para fora de sua casca em direção a vastidão do desconhecido, um misto de cores e luzes surgiam ao redor dele, estrelas e planetas ao redor, ele viajava aos confins do universo em um instante observando a morte de uma estrela, em seguida via o nascimento de um mundo florescendo e brilhando no mais exuberante esplendor. Por muito tempo não parecia ser ele mesmo, até que era possível ver mais um junto dele, abaixo de si o Oráculo observava aqueles eventos, muito mais jovem do que agora aparentava. Skar-ke não tinha sido retirado de sua consciência e lançado ao vazio, e sim tinha sua mente imbuída nas memórias do outro feiticeiro. As imagens se tornavam turvas, impossiveis de serem discernidas, um milhão de eventos diferentes se passavam num só instante confundindo oque acontecera. Mas então a calmaria chegava...

    - Você deveria ter agido Mestre! - Dizia o jovem feiticeiro, seus cabelos eram brancos e longos, seus olhos azuis de uma coloração anil e perfeita, tinha um físico esculpido que podia ser observado abaixo de sua armadura dourada e resplendorosa, não parecia bravo, mas um tanto inconformado com oque dizia - Eles já estão aqui! A derrota deles foi apenas um atraso!

    - Os textos Zoradricos contam de seu retorno - Se pronunciava o outro que se sentava de cocoras sobre uma almofada luxuorenta de seda e algodão puro, suas vestes eram um tanto mais humildes que as do primeiro, peças tecidos brancos bem ornamentados com figuras emblemáticas de uma língua impossível de ser lida, possivelmente costurada totalmente a mão pelos mais finos tecelões que ja viveram, em sua cabeça um chapéu entrelaçado de palha cobrindo a maior parte de seu rosto, e seus olhos brilhantes como os relampagos que cortam a tormenta, suas feições eram ternas e despreocupadas, mas sua voz carregava um tom de aviso que se propagava pela sala apertada - Após o tempo que os portões de Amun-thot se abriram, quando os filhos de Tellus derramariam seu próprio sangue, os maus de outrora inundariam este mundo trazendo a falha dos criadores.

    Haviam mais quatro na sala, no canto recostado a uma cadeira, um cochilava, ou assim aparentava, seus cabelos eram lisos e pareciam ser de um azul desbotado, sua face era alongada culminando em um queixo quadrado e devidamente reto, seus olhos tão apertados entre o longo nariz que pareciam prestes a explodir, seus membros eram longos e ele muito magro. Parado junto a porta um homem de mais de dois metros de altura, largo como uma muralha de ferro, forte e impenetrável, observava a conversação, seu semblante trazia o fogo da guerra e da morte, sua mente era furiosa e algo crescia dentro dela, algo que viria definir a todos ali presentes. Seus cabelos eram dourados, mas não brilhantes, pareciam ofuscados, um tom muito raro, nunca visto entre nenhuma das raças de Tellus, sua descendência não podia ser explicada. O mais jovem ali era um rapaz, com seus recém atingidos 20 anos, ele tinha longos cabelos negros, possuia uma estatura baixa comparada a dos demais e estava sedento para provar seu valor, seu rosto era branco e ele muito mirrado, suas vestes eram ornadas com alguns pergaminhos que possuiam mais do que o intuito de simples adornos.

    - Mas ninguem queria acreditar - O garoto interrompia, observando o semblante de seus irmãos-aprendizes, um olhar jovial, repleto de esperança e vontade - Acreditar que eles existissem... Se apenas tivéssemos mais tempo...

    No centro da sala, apoiado de joelhos no solo duro e frio estava o último, sua presença era magnifica e radiante, se aproximar dele trazia pureza a alma e uma calma nunca cessante. Ele não se preocupava com oque usava, suas roupas eram feitas de couro fervido, com a marca de uma árvore amarronzada com ramos verdes, o símbolo dos Organny. Seus cabelos eram azul-marinho, e sua pele branca como a neve, seus olhos um misto de cor mel com o amarelo do sol enquanto seus lábios e suas pálpebras, irrigadas pelo sangue, assumiam uma coloração rosada a sua face. Não parecia se preocupar com quaisquer palavras, a única coisa que lhe importava era o pequeno broche que tinha em suas mãos, envolto em uma corrente de prata o objeto em forma de uma pequena folha lhe parecia muito especial, olhava compenetrado para ele como se buscasse as respostas para todas aquelas perguntas, mas nunca se desesperava.

    - Tempo meu filho, é uma ilusão da mente humana, este ocaso está envolto em muitas mentiras. Mas, quando a verdade finalmente nasce, ela nasce em fogo - Se calavam todos os demais, os que pareciam despreocupados se recostavam em torno ao mestre, ele segurava com força o pingente, em suas mãos era a vida surgindo e se extinguindo, o maior presente que já recebera e seu maior tesouro - Existem aqueles que eles temem, em sua ignorância esquecemos seus nomes, mas não seus poderes, na língua deles, somos os Zerat, nascidos dos criadores, purificados e imaculados...

    Havia mais a ser contado, mais transparecera naquele momento, mas a visão cessava, e Skar-ke se via jogado novamente no espaço, agora ele não mais flutuava, levado por uma força maior que a dele, ele podia caminhar, mas não havia chão, ele dava passos no nada e abaixo dele Tellus flutuava, era possivel reconhecer seus três redemoinhos que separavam as muitas terras e aterrorizavam os navegadores inexperientes. A sua frente o homem surgia, o feiticeiro que havia dado inicio a visão, seu rosto era o mesmo de muitos anos antes, só que agora mais velho e calejado pelos muitos anos de batalha incessante. Aquele lugar trazia paz a mente, um som calmo envolvia seus ouvidos.

    - Os Aliancistas e seus "Cientistas" dizem que no vácuo é impossível que se propague o som, mas você pode ouvir não pode? A melodia do universo, ressoando pela existência, essa é uma das obras primas da criação, a melodia de todas as coisas, da vida, da morte, da aurora, do mar dos ventos, de todas as coisas caminha com esse cantar, você pode ouvir - Ele fechava os olhos, aquele não era o espaço como os estudos sugeriam, havia ar ali, e uma brisa leve, o cheiro da mata fresca e o riso inocente de crianças ecoava ali - Você me viu ali Skar-ke? Muito mais jovem e... inexperiente, tenho saudades daquela época, a vida era mais simples, feliz, e... mais saudável. Me diga meu amigo, oque você viu? Respondeu sua pergunta?


    (Bonus Track) The Sound Of All Things
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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Seg Nov 25, 2013 2:53 pm

    A relação entre tempo e espaço sempre havia o intrigado, quando tivera acesso aos arquivos Skar-ke havia estudado dias a fio a questão tempo, seus estudos o levaram até Maelstrom Juilaik, e ele acreditava que através de sua Arca do Tempo seus conhecimventos sobre o tópico eram avançados, entretanto, uma reação diferente era exibida por seu corpo, seus olhos azuis esverdeados se postavam transparentes para o fogo luminoso que a figura secular de Lelouch agora adornava, ele sentia cada centímetro de seu corpo transcender, o cheiro e a sensação pesada a atordoarem-lhe os sentidos, e as palavras de Lelouch que eram ouvidas e esquecidas diante da majestosa e bela miríade estrelada que era o universo ao seu redor. Em poucos segundos o feiticeiro observava toda a certeza que supostamente possuía sobre os valores terrenos se desvanecerem num poderoso espetáculo, era como uma celebração a vida, aonde numa tempestade avassaladora ele encontrava o fim, o inicio e o meio pela o qual o fio da meada do tempo se tecia constante.

    Não tardou para que suas pupilas agora se dilatassem em transparência, aos poucos todo o efeito da viagem tempestuosa cedia lugar a uma série de imagens que outrora refratadas agora aos poucos se nivelavam em meio ao brilho esverdeado de sua íris, ele podia ver com nitidez um átrio ocupado por um grupo de jovens e um ancião, mas não era capaz de reconhecer em primeira estância nenhum elemento familiar, até que aos poucos a imagem se adaptava a seu pensamento lerdo de mortal, pois assim ele era capaz de ver a árvore dos Organny, o chapéu de palha, ícone do Moretsuna Zong Tao Yang e o cabelo azulado de Rosenkreuz que havia ingressado ao baluarte regencial. Assim havia sido escrito nos antigos pergaminhos e contado de geração em geração, Oaran Organy havia tido cinco aprendizes, os cinco primeiros dentre os feiticeiros e os melhores dentre eles, não sabia o propósito de estar assistindo aquilo, mas um sentimento de lisonja e atenção preencheu o interior de seu ser. Ele podia ouvir os dizeres de todos e a medida que a cena se desenrolava a mente a mente era capaz de identifica-los e mais além disso num alimento ao espírito ele podia sentir os sentimentos dos ali reunidos, fosse o ódio aos poucos germinando em Jared Jadus, ou a estabilidade estonteante de Oaran Organy. Por mais que a curiosidade pelos aprendizes estivesse aguçada era na figura de Oaran e seus dizeres em que Skar-ke se focava, por algum motivo, o instrutor daquele excepcional grupo parecia sereno diante do desespero dos demais, apenas apoiando-se na figura de um broche folhado, cujo Skar-ke agora se questionava a respeito, não só apenas pelo broche, mas também pelo ressoar de seus dizeres, aos poucos ele sentia como se sua mentes agora estivesse capaz de interpretar aquele dialogo, mas sua esperança era rechaçada por um súbito corte da experiência, e diante dele se postava algo tão incrível quanto aquilo que havia vivenciado. Vazio. Imensidão. Serenidade. Aqueles conceitos pareciam se solidificar no solo sem adornos do Nada. Não havia mais o terreno, o mortal, o pecado, tudo havia sucumbido a um lugar internamente novo que os mais sábios ansiariam por estudar. E além do horizonte utópico que se estendia abaixo de seus pés, ele podia observar um mundo, que se não conhecesse julgaria como um ponto de paz no universo, mas aquela não era a verdade ou ele não deveria estar ali.


    – Eu os vi, vocês e os outros, jovens, cheios de vida... Mas ...Quem são eles? - A voz de Skar-ke se propagava, com um tom de estranha inocência pela imensidão. Ele fitava a face demarcada pelo tempo que agora se postava ainda magnífica diante dele, deixando que a música citada invadisse e purificasse os pontos mais negros e inertes de sua mente, não desejava entende-la, apenas queria que agisse. – Eles estão voltando? Está acontecendo denovo?

    Seu cerne franzia, temendo a resposta de Lelouch Lamperouge.
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    Mensagem por Admin Seg Nov 25, 2013 5:45 pm

    Caudas de cometas atravessavam entre os dois, respingos gelados voavam na face de Skar-ke tornando sua pele branca num emaranhado de manchas rosadas devido a irrigação de sua face. Abaixo Tellus girava e girava, até que estagnava e retrocedia em uma velocidade alta, a musica mudava, o som que agora ecoava era de depressão, aos poucos sombras intensas saiam do centro do planeta encobrindo-o, os giros aumentavam, como se passasse uma cena rápido demais, e logo cessava. O mundo abaixo deles não era mais reconhecivel, colunas de vapor negro se erguiam até a atmosfera lançando material sombrio e corrompido na direção da estrela que o mundo e seus vizinhos circundavam. Não era possível sentir vida ali, só a morte imperava.

    - Bem vindo ao inicio do nosso mundo Skar-ke, onde tudo oque você conhece nasceu. Está diferente não está? Olhe com atenção tudo abaixo de você - Apesar das sensações negras totalmente perceptíveis, era possível ao longe observar... pessoas, muito diferentes dos humanos ou outras raças conhecidas, sua pele era vermelha sangue, seus olhos negros como o céu noturno, e a forma como caminhavam lembrava mais a de um idoso exausto do que de uma criatura vivente - Foi aqui que tudo começou, após a derrota da grande sombra pelo criador seus restos tenebrosos circundaram a galáxia, em uma tentativa fútil de terminar o serviço que anteriormente iniciara, mas pouco a pouco, os filhos dos deuses, os grande exploradores, os Eternals purificaram mundo após mundo, a luz que emanou do centro do universo conhecido cegou e lançou em direção ao Nihilu os restos do destruidor. Lá, inertes e em seus últimos momentos, ele concebeu seu plano final, criaria a contraparte de seus inimigos, toda uma espécie destinada a destruir e aniquilar, o propósito contrário da vida. Seus restos se tornaram a edificação para estes novos mundos. Da vertente deformada que restava de sua cabeça nasceu o planeta Tahamet, onde a noite era eterna e as florestas tão negras como a escuridão que as consumia. De sua espinha dorsal surgiu Tellus, o mundo de oceanos ácidos, onde a própria terra cheirava ao perecimento. E neles inoculou todo seu veneno, seu espirito maligno deu origem a seus filhos mais velhos, os Hakkath, espiritos das trevas destinados a governar os poderes dos elementos malignos que ali habitavam; enquanto sua carne se tornou os Kartik, uma raça humanoide escrava da vontade das trevas.

    O oráculo parava e olhava novamente a paisagem, ele esperava que algo acontecesse.

    - Tahamet era selvagem demais até mesmo para os padrões dos Hakkath, por isso ela foi abandonada em seus primórdios, suas raças animalescas deixadas a seu próprio destino, Tellus se tornou sua jóia, o ponto de onde, no futuro, pretendiam lançar sua invasão e a vingança de seu mestre. O mundo viveu assim por incontáveis anos, mais tempo do que podemos imaginar, algo que transcende a vivencia humana, aos poucos seus habitantes esqueceram de seu propósito, e se tornaram apenas... Sombras - Seus olhos brilhavam, mas não como antes, eram lágrimas que irrompiam no mesmo momento que uma pequena nave que lembrava a estrutura de Vánathos surgia na órbita de Tellus - e aqui foi o momento em que o destino de todos nós mudou, após sua longa jornada os Eternals, trouxeram sua cruzada a Tellus. Esse nivel de corrupção jamais havia sido enfrentado por eles antes e a maior e mais sangrenta guerra que este mundo ja presenciou irrompeu.

    De súbito milhares de naves surgiam, elas eram atacadas por bestas negras que voavam da direção do planeta, criações perversas dos Hakkath destinadas a viajar no vácuo para a batalha, o mundo ardia, os mares se tornavam puro sangue e tudo parecia perdido, o fogo se levantava no lugar das colunas de vapor lançando carne queimada e florestas inteiras no vazio.

    - O custo da guerra foi alto, para se livrar da corrupção os Eternos sacrificaram dois terços de toda sua raça, um sacrifício que alguns acharam necessário, mas outros nem tanto. Os Hakkath jamais poderiam ser destruidos porém, sua morte significaria a morte de todas as outras espécies e do próprio planeta. Apesar de destruido os Eternos ainda sentiam salvação naquela criação mal sucedida, e assim resolveram trancafiar o mal de uma vez por todas. Os 7 barões Hakkath foram selados cada um em uma dimensão diferente, uma proteção tão potente que nem mesmo a força combinada de todos os mortais viventes seria capaz de desfazer. Os Kartik escravos da grande sombra tiveram sua liberdade, mas a força que habitava seus corações iria com o passar do tempo destrui-los, assim, iniciaram o processo de purificação dos mesmos. Sua primeira tentativa fracassou totalmente, os espécimes se tornaram bestas sem coração, e sem remorso algum devoraram literalmente o órgão que pulsava em seu peito; para a surpresa dos Eternos isso não os matou, apenas os deixou mais forte, eles haviam criado um dos maiores perigos que Tellus viria a enfrentar, os Brasvemnas. Para evitar que procriassem com as demais espécies, os poucos experimentos foram levados para a lua de Tellus, Vorago, onde esperava que morressem, ao contrário das expectativas, eles evoluíram e se desenvolveram adaptando-se ao ambiente do local. Descontentes com o resultado os Eternos usaram mais poder na segunda tentativa, e mesmo assim fracassaram, sua criação desta vez foram seres ainda mais monstruosos, os Akumean, uma raça capaz de fazer com que seu próprio espirito ardesse trazendo devastação ao ambiente, eles também foram enviados a Vorago.

    Aos poucos os pilares de fogo cessavam, sendo subtituidos por rajadas de luz potentes, os oceanos de sangue assumiam uma tonalidade azulada e os primeiros focos de vegetação podiam ser vistos. O mundo começava a mudar, assumindo as formas que eram conhecidas na atualidade, mas ainda sim era muito mais brutal e selvagem do que Skar-ke poderia imaginar, ele apenas podia sentir.

    - Houveram outros experimentos, fracassados, mas ao final os Eternos ficaram satisfeitos com o resultado, a raça humana nascia, ingenua, perspicaz, e sedenta por aprendizado. A primeira espécie e única em todo o universo capaz de deter uma característica única, o infinito potencial para o bem, e para o mal. Uma moeda com duas faces douradas, o orgulho dos exploradores - Logo uma rajada de poder gigantesca atingia o centro do planeta, ela persistia e ligava o mesmo a Tahamet e Vorago, além desses mundos era possível ver diversos portais para outras dimensões conectados a rajada de energia - Constataram que era impossível expurgar a ameaça sombria que cobria Tellus, para impedir que ela voltasse a assumir o poder porém, foi criado um majestoso mecanismo. O "Elo da Tormenta" nasceu. Uma ligação de pura energia entre os três mundos, e todas as dimensões que o circundavam , essas redes de energia iriam manter os mundos livres da maior parte da corrupção enquanto alimentavam e tornavam mais forte as raças que neles viviam. Sabiam porém que a cada dois mil anos o elo seria forçado a libertas as forças malignas de suas prisões, isso porque a quantidade de força sombria que elas juntariam através dos anos culminaria num ápice onde apenas subjugando-as novamente o ciclo manteria-se intacto, este evento é conhecido como a "Convergencia Harmonica".

    Tellus voltava a sua forma atual e o Oráculo começava a se distanciar de Skar-ke, ele sorria enquanto voava na direção do vazio, suas feições pareciam despreocupadas, mas era possivel sentir dentro dele certo receio, oque quer que fosse fazer, não estava certo se era a melhor alternativa.

    - A dois mil anos meu mestre Oaran lutou sozinho contra os 7 Barões Hakkath na guerra conhecida como a Guerra dos Anciões. Eu fui proibido de participar por ele, mas Orcus viu tudo oque transpareceu naqueles eventos, e você viu tudo oque eu sei - Ele desaparecia - Bem vindo Skar-ke.... A uma nova era... E a Nova Convergencia Harmonica, é hora do mau prímevo se libertar, e cabe a vocês enfrentá-lo....

    A visão desvanecia, o feiticeiro começava a ser puxado na direção do planeta, cada vez acelerando mais, ele podia ver o solo e mais abaixo o seu corpo, ele sentia um medo latente, baseado na pergunta "oque aconteceria se chocasse-se contra o solo?" Ele logo descobria, um impacto pesado que doía mais do que qualquer ferimento que ele ja sentirá, mas logo passava quando abria seus olhos. E para sua surpresa, o Oráculo já não estava mais lá, ninguem estava, a cidade sumira, e ele só via a sua frente uma enorme garganta aberta na rocha, o fogo crepitava no seu fundo. Mas algo podia chamar sua atenção, aos seus pés reluzia um objeto, um pequeno objeto, menor que a palma de sua mão, um broche, envolto em uma corrente de prata, era uma folha....

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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Ter Nov 26, 2013 11:50 am

    Ele observava absorvido em seus pensamentos, em partes incrédulos, a dança dos meteoritos ao seu redor, eles pareciam ferozes antes de atingir o mundo e se desvanecerem em belas estrelas cadentes, que tornavam os sonhos de um coração jovial uma realidade. A mudança de sinfonia entretanto, causava uma reação veloz por parte de Skar-ke, que fechava a sua mente agora tranqüilizada pelo som da vida e o cheiro de grama molhada, seus olhos se viravam lentamente para o novo espetáculo que ocorria abaixo de sí, e por um momento uma onda de ansiedade subiu-lhe a garganta ao acreditar que o mundo estava sendo, naquele momento, consumido. Mas aparentemente não. Lelouch e seus olhos de chamas brincavam com o tempo novamente. Ele ouvia atento em todos os sentidos de seu corpo os dizeres do ancião, o cerne franzia, e a mente voltava aos primeiros anos de vida, não era voltado a religião, mas em Serenno haviam o ensinado como um membro da alta aristocracia e o povo de seu país tecia de maneira singela uma explicação para o nascimento do mundo. Se outrora havia luz inundado seu coração, agora o mesmo se esforçava para reter aquilo que denominava-se sombras, não da maneira que os feiticeiros ditos de intenções malignas moldavam, mas sim de uma maneira primordial e dolorosa. Aquilo era realmente algo grande, um ponto original nas sombras que afunilavam discretamente o mundo, ele podia sentir a respiração do companheiro que agora fazia a história de Tellus ressoar pelo vácuo, e naquele momento ele soube o quanto era pequeno, pequeno diante de tudo aquilo que havia ocorrido para que o mundo tomasse forma, chegava as bordas da compreensão também, como o conflito e a guerra estavam presentes na marreta que esculpira Tellus, os Eternos, ditos instrutores dos primeiros feiticeiros, haviam colocado uma luz especial ali, por algum motivo ele compreendia, que por mais que houvesse surgido da corrupção Tellus era especial, os os exploradores que haviam trago o sangue e morte aquela terra desolada não haveriam persistido em sua colonização. Era uma onda estranha aquela que invadia seu ser. Ali, diante de ti estava o Oráculo da ordem explicando a criação do mundo, a criação dos Brasvemnas e Akumeans, dos próprios humanos, toda a descendência do mundo, talvez por isso, Skar-ke permanecia curiosamente calmo, suas capacidades ainda eram incapazes de processar a imensidão do que estava sendo dito a ele por Lelouch. O produto final daquilo tudo era de base neutra que podia se elevar e inclinar para quaisquer fossem os lados que desejasse, infinitamente.

    ‘’Então é isso a conversão harmônica, o elo se desfaz para se erguer, é isso oque estamos enfrentando, o mesmo que Oaran fizera no passado.’’

    A sombra de um medo o invadia. Seriam eles ali capazes de reter as sombras primordiais que agora lentamente traçavam seu caminho por Tellus? Os eventos da primeira guerra estariam por trás dos motivos da derrocada de Jared Jadus? O oráculo havia germinado para sí uma árvore repleta de respostas, mas, cujo os frutos possuíam em seu interior um sumo completamente repleto de dúvidas, e antes que pudesse sanâ-las, ele partia, tão misteriosamente quanto havia surgido, a sustentar em sua presença estonteante um sorriso e um receio, sentimentos estes, tão sinceros para Skar-ke - que banalmente tentava estender a mão para traze-lo de volta - levaria para aonde quer que fosse enquanto todos aqueles eventos estivessem ocorrendo. Era sim, que dotado pela emoção transmitida pelo ancião, que Skar-ke caía, demasiado absorto para compreender e raciocinar a respeito sobre quantas supostas leis primordiais haviam sido quebradas naquele encontro, ele podia sentir a dor, invadindo os ossos e a carne, mas em nenhum momento o cerne, que buscava se retesar determinado a cumprir a tarefa a eles concedida. Lento, ele se erguia, tirando a poeira das vestimentas, erguendo o olhar a tudo aquilo que se extenuai ao redor, Tulan já não mais jazia, apenas uma única garganta e abaixo dele, um ponto pré-julgado como redentor de esperança, um broche em formato de folha, o mesmo que ele havia visto com Oaran, Skar-ke se abaixava e lentamente o pegava, buscando qualquer calor que ele fosse capaz de transmitir, fechava os olhos e lentamente iniciava sua caminhada rumo ao completo desconhecido.

    O calor aos poucos invadia as sensações de seu corpo, o magma escaldante escorria, e ele se questionava se havia sido seguro ir parar ali, mas afinal oque ele faria? Era um feiticeiro feito e não temia enfrentar perigos se necessário, caminhando longamente aonde o terreno permitia, seus olhos percorriam o salão, refletindo o sentimento maravilhado que resplandecia em sua mente, assim ele permanecia, tímido, aos poucosbuscando símbolos, engrenagens, pessoas, qualquer coisa que representasse um sinal, um atrativo, sem em momento algum tirar a mão do cabo da espada ou do broche de Oaran Organy.

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    Mensagem por Admin Qui Nov 28, 2013 7:57 am

    O passo brando de Skar-ke era interrompido pelo som fumegante do magma ao seu redor. A chegada do Feiticeiro fazia com a essencia da terra borbulhasse e fervesse explodindo em uma cortina de fumaça e fuligem espessa envolvesse o salão gigantesco. As colunas adornadas com ouro e prata eram recobertas por uma crosta negra. A lava respingava por todo canto eventualmente acertando a face do invasor, mas diferente do que ele pensava ela não ardia, e nem era quente, na verdade era fria como a neve e se ligava fortemente a sua pele provocando uma sensação estranha. Os respingos caiam com mais força, cada goteja que atingia Skar-ke sugava um pouco de sua força se entrelaçando como uma teia e o aprisionando em um casulo alaranjado e resistente. Seus ouvidos eram tampados, e seus olhos só conseguiam enxergar através de um fresta minuscula, a substancia alaranjada não parava de cair até o momento em que uma delas atingia de relance o pequeno broche que o feiticeiro carregava. A paralisia atingia todo seu corpo, a unica coisa que podia escutar eram passos, vindo da grande entrada....

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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Qui Nov 28, 2013 3:30 pm

    As condições adversas do ambiente o tornavam ainda mais curioso para Skar-ke, para onde o Oráculo o havia enviado? De certo não era um vulcão comum e suspeitava ele que estava intimamente ligado ao que havia sido mostrado antes. De repente, sua observação era interrompida, subitamente seu corpo se internava capaz de se mover...
    As gotas haviam o prendido.
    E ele era incapaz de palpitar sobre a origem dos passos.
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    Mensagem por Imperio Hono Sex Nov 29, 2013 11:24 am

    - Analise de padrão Delta-B Inicializada. Confirma Ordem de processamento 7785-4K?

    "Sim" sussurrava.

    - Procedimento Inicializado. Tempo estimado para conclusão processual de... 35 segundos.

    Havia sido alertado de movimentação na zona faziam cerca de 5 minutos, estava caminhando pelos ermos da periferia de Tulan em sua missão de reconhecimento mas até então nada havia encontrado. Para sua surpresa nem mesmo Mochi fora capaz de localizar aquele local, havia passado pelo imenso paredão de pedra que o guardava e oque havia visto diversas vezes fora apenas, pedras. Ali estava ele, uma passagem secreta, um ardil digno para seu intelecto. Era dificil falar ali, sua voz saia fraca, não gostava daquele ambiente, era muito quente e... úmido, a gosma alaranjada que agora se retraia em direção aos poços o intrigava ainda mais, se espalhava por todos os cantos e em um ritmo acelerado se deteriorava. Aquele devia ser o lugar.

    -"Mochi, examine a estrutura molecular dessa substância alaranjada, quero saber os compostos que a formaram, e para qual finalidade ela foi criada" - O probe soltava um bipe de entendimento e prosseguia com a análise - "Oque é você? Hmmm- Colocava sua mão no solo, suas grossas luvas púrpuras separavam sua epiderme daquilo, era perigoso tocar no que se desconhece, a primeira regra de qualquer pesquisador. Seu toque congelava a gosma que então se estilhaçava como se fosse vidro atingida por um projétil. "É sensível ao frio, não, absorveu o calor das minhas mãos, mas como o frio era intenso demais para ser absorvido de uma só vez se aniquilou para não sobrecarregar o resto do sistema viral... Se adapta as condições." Aquela altura já sabia do que se tratava, mas o probe fazia questão de ressaltar suas descobertas.

    - Substância de Origem Zyren. Manufaturada a mando do 2º Grande mestre Zarok, classificação cientifica, "Vade Vitreum", popularmente conhecido como "Gosma de Vidro". Utilização e criação proibida e restrita a mando do 2º Grande Mestre 5 dias depois de sua criação. Todos os alforjes e descrições destruídas. Também conhecido como...

    - "Plasma". - Percebia um casulo de vida próximo, ele sentia algo se debatendo e tentando se libertar, fosse qual fosse sua função, aquela forma de plasma servia para impedir e consumir invasores, sabia então porque não o atacara - "Liberte o ser vivo Mochi" - Sussurrava e o probe na mesma hora partia para cumprir sua tarefa, revelando Skar-ke Sirannus. Ele o observava com atenção incerto de quem seria e oque faria ali.


    Mochi:
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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Sáb Nov 30, 2013 2:09 pm

    Ele podia ouvir vozes. Aos poucos uma sensação de medo e receio invadiam seu ser, ele desconhecia tudo aquilo que extenuai a realidade ao seu redor. Aonde estava? Porque estava? Porque o Oráculo em pessoa havia o guiado até ali e principalmente qual o motivo do broche que havia vislumbrado com Oaran Organny em sua visão estar agora em sua posse? Imobilizado, Skar-ke esperava que oque quer que viesse saúda-lo fosse um habitante daquele templo macabro, mas aparentemente não, uma das vozes possuía o ressoar metálico  muito comum aos dispositivos cujo os membros da aliança constantemente desfrutavam e aos quais ele não era estranho, graças as boas relações comerciais entre Vintas e os mais altos senhores industriais da Aliança. A segunda, entretanto, era perceptível como de origem de um ser biológico, era aquela a que ele temia, um dispositivo poderia ser distraído facilmente pelas suas capacidades de feiticeiro, mas em seu interior ele sábia que quem quer que fosse que estivesse ali a espreita, poderia ser facilmente considerado uma ameaça. Plasma. Conhecia superficialmente aquela propriedade, tampouco desconhecia a sua história mas havia lidado com a substância ao depor Lyori, como ele não havia percebido? O plasma que o segurava era sólido como oque Lyori havia imbuído em sua armadura. Os visitantes procuravam algo, ele sábia, mas decerto não era ele, por isso, para tornar sua consciência ainda mais clarividente ele expandia sua mente por meio de sua principal técnica visual atrelando-a com seu recém aperfeiçoado Haki, e logo após ele podia sentir o casulo que o regia se dissipar em pedaços, vislumbrando pela primeira vez seus salvadores, seu olhar se focava em identificá-los mas aqueles que se postavam ali não eram conhecidos a eles, então buscava por símbolos, distinções, não sabia com oque haveria de lidar, mas apenas que haveria de lidar:

    – Devo agradecer a...?

    Skar-ke mantinha sua mão na espada e o broche de Oaran Organny oculto, entretanto, embora precavido sua face se postava em uma expressão solícita e gentil.

    1- Expansão da Mente.
    2- Haki: Mantra.
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    Mensagem por Imperio Hono Qua Dez 04, 2013 6:10 am

    - Espécime recuperado com sucesso. Análise concluída, enviando dados a fonte. Confirma?

    - "Sim Mochi" - Sussurrava, sua voz era gutural, misturada com um farfalhar que embuia sua respiração, ela era leve e lenta - "Agradeça a quem desejar, suponho eu?"

    Observava o feiticeiro, estava acuado, uma recepção que ele bem reconhecia, a forma como se portava porém era bem interessante, aquele era um homem de origem nobre, provavelmente mais politizado do que militarizado, sua feições eram brandas e não mostravam sinais de traumatismo algum, oque provavelmente significava que não costumava enfrentar combates com frequência, ou talvez possuísse eximias habilidades que até aquele momento haviam sido o bastante para livra-lo do escárnio da morte. Uma ou outra pouco importava, mera suposições, curiosidades dispensáveis a sua missão.

    Passava pelo estranho lentamente sem voltar sua cabeça para ele, sua mascara dourada reluzia com força sob o vermelhidão da substância. Suas mãos frias tocavam a liquidez dos poços procurando entender, como aquilo poderia existir?


    - "Recitar dados de prospecção sub-atômica Mochi" - Dizia ele enquanto o fluido viscoso escorria entre as pontas dos seus dedos, eles não molhavam podia perceber...

    - Composição do plasma: 50% Energia Arcana ////// 30% Água //// 10% de Sílica /// 9% Quartzo /// 0,8% Arcósio // 0,2% Energia Etérea Indetectável. Composição Relatada.

    Colocava a mão sob seu queixo, a mascara fria o impedia de sentir sua pele a anos mas ele ainda se lembrava da sensação de ser tocado na pele. Irrelevante. Pensava. A composição o intrigava, o mistério havia sido revelado porém. Sílica, quartzo, Arcósio. Todos materiais de origem rochosa encontrados em um material muito comum em Tellus. "Areia" Sussurava para si. Horian Juilaik se não fosse o criador dessa proteção teria influído muito em sua objetivação. Para qual propósito porém? Oque era aquele lugar?

    - "Em qual mais provável localidade estamos Mochi?" - O probe apitava algumas vezes e então começava a escanear a área com seu laser de expedição, o frame azulado cobria a sala aos poucos, e seus indivíduos também - "Utilize dados das pesquisas de Mephisteroth se necessário".

    - Localidade Insiponível Nos Arquivos Próprios. Realocando Pesquisa.... Localidade Indisponível Nos Arquivos do Pilar de Éter.... Realocando Pesquisa.... Descrições de local não identificadas no registro geral de Mephisteroth. Realocar Pesquisa para fonte?

    "Os arquivos do Império" Realocar pesquisadas para a fonte de dados do Império era um procedimento chato de se explicar, Mochi poderia faze-lo mas em troca Farbus saberia tudo sobre oque encontrara ali. O velho Feitor sempre lhe dissera para nunca dizer tudo oque sabia. "Conhecimento é uma dádiva relegada a poucos".

    -"Sim Realoque" - Alguns momentos se passavam e percebia que o feiticeiro ainda estava ali, inerte as movimentações, não lhe dava muita atenção, caso tentasse algo Mochi poderia neutraliza-lo com facilidade - "Oque pretendia aqui Feiticeiro? Seja Honesto com a ciência, e me diga oque sabe."

    - Pesquisa Completa. Localidade Disponível. Forja do Tempo. Estrutura Titânica. Construída pelos Viajantes. Mais Conhecidos como Eternals. Nível de interesse Imperial: Ranque 10. Coleta Imediata de dados requisitada. Destruição da Localidade Demandada de Imediato.

    "Uma estrutura Titanica" Se pudesse ver seus olhos eles estariam com certeza saltados, pouquíssimas estruturas dos Eternals restavam com um nível de conservação tão alto, as que o Imperador não havia destruído, teriam se perdido no tempo. Ele ria, uma risada profunda de deleite que emergia do âmago do seu ser.

    - "Que ironia, compreendo agora" - Horian teria construído a estrutura para impedir que qualquer um a acessasse, nem mesmo ele teria tido acesso aquilo muito provavelmente - "Cumpra as ordens Mochi, acesse a base de dados da maquina, salve tudo contido nela, e depois a destrua por completo. " - Não gostava daquilo, mas era necessário, e mais importante, eram ordens, Farbus ja deveria saber de seu achado, voltar de mãos vazias significaria arriscar tudo.

    - Indivíduo Estranho Escaneado. Chave de acesso encontrada. Localização, parte final da extremidade superior do espécime - "A Mão dele" Pensava ele. O pequeno broche logo desaparecia da mão do feiticeiro, apenas para surgir flutuando na frente de Mochi, em volta dele estava um orbe azulado que protegia a chave de acesso para que o indivíduo fosse incapaz de reaver-la - Iniciando Extração....

    Mochi flutuava até o painel central, uma estrutura entalhada com símbolos antigos, sozinho ele seria capaz de ler as inscrições, mas o probe poderia faze-lo muito mais depressa. Se voltava para o homem a sua frente.

    - "Não interfira, uma vez iniciada a extração de dados Mochi não pode ser perturbado. Quem é você?" - Segurava sua mãos frias envoltas no couro duro de suas luvas pelas costas, seu caminhar era lento, e parecia observar com atenção cada desenvoltura do feiticeiro "A chance dele atacar é superior a 75%" Pensava - "Você caminha com a chave, oque o traz a esse local? E mais importante, como o encontrou antes de mim?"

    Atrás dele Mochi carregava os dados, percebia que a quantidade de informações era absurda, normalmente o probe terminaria a ação em questão de segundos, se passavam muito tempo e ele parecia muito longe de finalizar a cópia dos arquivos. Subestimar os Eternals seria um erro, enfrentá-los um eufemismo, dos mais absurdos. Mas o homem a sua frente o intrigava. Havia mais nele do que a brutalidade selvagem da maioria dos humanos.

    - "Aqui serei o Cônscio. Sou Abathur O Cultivador. Um erudito do conhecimento. E sou a voz do inverno..."

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    Mensagem por Imperio Hono Qua Dez 04, 2013 6:15 am

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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Dom Dez 08, 2013 10:38 am

    Skar-ke ocultava bastante bem o choque, o estranho ao contrário dele, parecia encarar aquele encontro com uma casualidade surpreendente. Por um momento ele desconhecia o caminho que deveria tomar e apesar disso seu corpo não se retesava com a analise fria do desconhecido, por outro lado, as feições que mostrava apenas reforçavam todos os pontos fortes que possuía em seu porte e aparência. Ele persistia em sua quietude, o estranho entretanto parecia indiferente e prosseguia caminhando pelo recinto iniciando sua pesquisa, Skar-ke erguia Shigarasagi, sua espada, embora nenhuma de suas intenções fizessem menção a atacar dando a Skar-ke a oportunidade de observá-lo, a impressão que possuía era de uma pessoa, se é que o podia definir assim, retida e analítica que abria poucas margens para erros, as vestimentas e máscaras que o mesmo travaja davam a impressão que seu corpo original havia sido seriamente danificado e talvez oque quer que houvesse provocado aquilo havia sido a origem daquele comportamento austero. Oque ele faria? Skar-ke não sábia, não sábia por que estava ali, mas agora o estranho apenas parecia beneficia-lo.

    Deveras os barulhos sonoros do probe não haviam acrescentado nenhum calor ao amplio átrio aonde estavam, mas Skar-ke permanecia escutando, aos poucos diminuía em sí a tensão da surpresa e ele próprio passava a observar o recinto, encontrando uma calmaria curiosa como os últimos raios de sol que antecedem o céu tempestuoso. Talvez mais tarde que o outro homem que ali se postava ele compreendia ‘‘Areia’’ o interesse ali não se limitava somente ao Oráculo, aparentemente.

    ``Mephisteroth... Império... Forja do Tempo.’'

    Aquelas palavras flutuavam diante de seus olhos e aos poucos iluminavam a compreensão de sua mente, seria possível? Desde o desaparecimento de Horian em Vanáthos os relatos sobre as sutis movimentações dos Honoo haviam se tornado mais frequentes, embora não alarmantes, por outro lado oque aquela criatura explanava parecia ser algo grande, primordial, remontando ao tempo dos criadores e da colonização de Tellus.

    ‘‘Destruição.’’

    Privado de sua chave, privado da resposta veloz a um acontecimento de aparência bárbara aquela palavra era acompanhada pelo posterior ressonar de uma risada macabra e finalmente inquirido, Skar-ke então era finalmente indagado, se havia sido enviado ali, o Oráculo confiava em seu poderio para que pudesse resolver qualquer fosse a questão que flutuasse ao redor da Forja era com esse respaldo que ele pronunciava seus dizeres:

    – Sou Skar-ke líder do Clã Sirannus e Regente da Alta Corte, os homens me chamam Elessar, o pacificador... - [b]Neste momento Skar-ke erguia sua espada Shigarasagi em alta velocidade, embora seus olhos se focassem em Abathur a mesma permanecia por pouquíssimo tempo apontada para o probe que agora se concentrava em sua conexão com o computador central e num piscar de segundos era obliterado por uma força equiparável a de um meteoro, fazendo com que seus diversos destroços metálicos explodissem e se espalhassem pelo átrio em alta velocidade se encontrando com o plasma e levantando uma sólida camada de poeira que agora escondia o regente – Você parece alguém de razoável bom senso Abathur... Sei que serve a ordens superiores, mas também noto que a simples menção a destruição desse lugar o incomoda em seu íntimo... Não é de meu desejo que nenhum conflito desnecessário seja causado, mas para isso exijo que por favor declare suas verdadeiras intenções nesse recinto que se encontra sobre minha jurisprudência ou se prepare para resolvermos isso de maneira brutal...
    Skar-ke ponderava, o homem falava de ciência, possuíria ele ligação com os alicancistas? Ele não podia afirmar sem por cento, mas de certo tudo aquilo que o estranho havia realizado esculpiam uma aparência bastante favorável á ele. Esperando uma resposta Ke não deixava de agir, um clone seu era formado a partir do plasma do ambiente e graças a expansão da mente recuperava o broche de Oaran, assim como se envolvia na energia espectral que passava a se espalhar.

    0- Expansão da Mente
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    Mensagem por Imperio Hono Dom Dez 08, 2013 1:52 pm

    Mochi era separado com violencia do painel central pelo ataque de Skar-ke. O impacto era forte e exagerado explodindo o probe. Virava a cabeça aos poucos olhando para os restos de Mochi. Suas partes douradas mostravam pequenos pontos ainda eletrificados. Abathur se voltava para o feiticeiro a sua frente ainda sem se mover, o observava dos pés a cabeça, espada em mãos, nobre de titulo e sangue. "Este tem algum talento" ele podia pensar, "Pena que é desperdiçado dessa forma". Aos poucos os restos de Mochi iam se reunindo, o metal derretido se retorcia e se fundia, em poucos segundos o probe estava em sua forma anterior novamente, e voltava a acessar o painel sem dificuldades.

    - "Jovem e imprudente" - Dizia Abathur com um tom de reprovação enquanto andava de um lado para o outro, seu olhar fixo em Skar-ke - "Pensei ter dito para não interferir com as tarefas de Mochi, elas são de suma importância, destruí-lo, ou tentar faze-lo de nada adiantara, ele é uma de minhas obras primas, só com a minha morte ele pode ser erradicado...." - O probe recomeçava o upload sem necessidade de novas ordens, não era a primeira vez que era atacado no meio de uma missão, sua I.A. avançada permitia que ele tomasse atitudes antes que seu mestre o ordenasse. Próximo ao seu pé esquerdo restava uma pequena lasca de ouro, que não havia sido reaproveitada no reprocessamento de Mochi, ele posicionava sua mão do lado de seu corpo logo acima da peça que subia como se atraída por um ímã, ele a segurava om o punho fechado, logo em seguida deslizando a minuscula placa para seus dedos e tocando-a gentilmente - "Impaciência.... creio que vemos o tempo de maneiras diferentes, não posso atender a suas exigencias, tenho minhas ordens e hei de cumpri-las, sou um ser razoável sim, mas a minha vitória aqui diferente da sua depende unicamente do recolhimento desses dados, cada vez que você remover Mochi do painel uma parte dos dados se perderá, pois assim que iniciou o processo ordenou a destruição de toda a base de informações, a cada segundo que ele passar longe da maquina mais e mais informações será liquidadas e não salvas.... Só preciso dos dados Skar-ke, você precisa da maquina intacta ao que me parece...."

    Um jogo de intelectos? Nem de perto, pensava Abathur, se a mostra de selvageria do Sirannus havia demonstrado alguma coisa era que o nível de inteligência dos oponentes que havia enfrentado no passado era no minimo... não muito elevado, a sua falta de decoro fazia alusão a uma vida de combates, e de pouca conversa, ele não seria coagido por tal indivíduo, permaneceria incólume, mesmo diante de tal situação se fossem diversas as circunstancias? Provavelmente não, mas o feiticeiro a sua frente o intrigava, suas capacidades eram diversas, por ter encontrado aquele lugar sozinho e com menos dificuldades que Abathur já provava que não era um completo bruto animalesco, mas... do que ele realmente era feito provaria com suas próximas ações. Após alisar por um bom tempo a placa de ouro em suas mãos ele a levava a abertura de sua máscara onde ficava sua boca, e pressionando com força o pequeno objeto, não maior que uma unha, soprava um ar gélido que fazia a estrutura se retestar, logo agitava sua mão, e ao faze-lo arremessava a placa ao ar, envolta em uma crosta de fino gelo o metal se expandia com uma onda de eletricidade vinda de seu interior profundo, e com uma explosão de vapor crescia. A nuvem de vapor pequena que surgia no local da explosão desaparecia rapidamente ao entrar em contato com o oxigênio do ar, e dela saia um probe, idêntico a Mochi. Ichor, como era chamado possuia funcionalidades diferentes, tanto no pensamento como na função corpórea, seus pensamentos de rotina tornavam desnecessário aprovações de rotina como as de Mochi, ele fazia oque fora programado para fazer a nada mais. Rapidamente voava parando em cima de seu parceiro probe.

    - "De fato Skar-ke, brutalidade é totalmente desnecessária, por isso creio que não tentará me atacar covardemente novamente, ou é a isso que o legado de seu pai se reduziu? Simples selvageria misturada a uma pitada de falsa nobreza. Não tome isso como uma ofensa, é apenas uma indagação, mas posso entender se o fizer, um pai que cai em desgraça lutando uma guerra que sabe não poder vencer, um irmão tolo que almeja mais do que lhe cabe e que acaba perecendo por conta dos devaneios de um líder incerto e profanado, e... uma mulher com um potencial ostensivo que abandona tudo para te-lo, apenas para perecer ainda jovem. Poucos podem suportar tantos desgostos em vida, me diga, oque são os Sirannus?" - Estendia suas duas mãos, da esquerda uma sombra que lembrava muito um espectro se erguia assassinando um outro guerreiro, da direita um líder com sua espada brandida em uma mão e um grande livro na outra liderava um exército contra uma horda demoníaca - "Servos das sombras que eles mesmos tentaram possuir, selvagens insensiveis, bestas trajando peles humanas.... ou homens virtuosos, capazes de superar a própria macula de seu sangue e de elevar o instinto da honra nos outros? Acho que nem você sabe a resposta, ela não é tão óbvia..."
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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Qua Dez 11, 2013 1:26 pm

    O cerne de Skar-ke automaticamente franzia mostrando sua surpresa, ele não esperava que o robô cedesse tão fácil, muito menos que se reconstruísse mas o que ativava o gatilho de sua surpresa era a reação de Abathur, que mesmo com uma afronta direta a seu respeito não respondia o movimento de maneira violenta. Skar-ke gargalhava. Ele observava a extensão do oponente com bastante cuidado, os pequenos pedacos metálicos do Probe guardados por este e o posterior nascimento de mais uma criatura tecnologica apenas sublinhavam que por mais pácifico que estivesse A voz do inverno não era um homem tolo.

    Skar-ke então simplesmente caminhava de maneira calma e objetiva até uma rocha, de repente todos os anos de responsabilidades pareciam pesar sobre sua aparência bem apessoada e politizada, um sorriso triste cintilava em seus lábios, a violência que para ele era uma fonte de escape para todas as dores e frustrações que ele havia enfrentando durante a vida agora pareciam ceder a genuína faceta de sua personalidade, há de um hábil e sincero cônsul que nos anos aonde o fardo da liderança não o havia encontrado fora sincero ao afirmar sua desaprovação quanto a conflitos desnecessários. Ele se sentava em uma rocha bastante desconfortável, esticando suas velhas pernas, sua espada então emitia uma forte luz prateada que num veloz relapso iluminava toda a extensão cavernosa apenas para dar lugar as sombras novamente. A lâmina de Shigarasagi parecia se partir numa miríade de pedaços distintos, até que de repente se reagrupavam agora não numa lâmina mortífera e metálica mas sim numa bengala constituída por uma madeira nobre e velha pertencente somente aos membros do mais elevado nobre sangue. Skar-ke passava as mãos pelo cabelo, jogando-os para trás, apesar disso ele permanecia ouvindo todo o falatorio de Abathur, seu Haki e Expansão da Mente permaneciam como gumes aguçados, estudando cada dizer ou movimento que os presentes ali fizessem, coletando algum tipo de informação.


    All that is gold does not glitter,
    Not all those who wander are lost;
    The old that is strong does not wither,
    Deep roots are not reached by the frost.
    From the ashes a fire shall be woken,
    A light from the shadows shall spring;
    Renewed shall be Blade that was Broken,
    The crownless again shall be king.


    Ressoava sua voz pelos salões, preenchendo o vazio com a dor, a tristeza, o fardo e o amadurecimento precoce. Enquanto seus olhos marejados se focavam no solo a boca vez ou outra estimulava ornamentado cachimbo de madeira, fazendo com que os mais belos anéis de fumaça flutuassem pelo salão, trazendo cor, aroma e distração ao ambiente.

    Aquela antiga canção era a única memória que possuía de Tiranda Sirannus, e desconhecia ele o método utilizado para acessa-la, apenas permitia que suas cordas vocais dessem espaço para aquele clamor, e tampouco ponderava sobre o verdadeiro significado dos seus dizeres, apenas sábia ele que eles refletiam como nenhum outro. Era como se ele quisesse descansar, ponderar ou se entreter, se aparentemente recebia o fato de esperar Mochi como algo natural, o faria numa condição confortável a ele.

    Abathur o indagava. Por alguns momentos Skar-ke parecia inerte, como se tentasse viajar pelo nada, mas em nenhum momento seu interior refletia a dúvida, ele apenas parecia focado demais, respirava fundo e por fim as palavras viajavam para longe da mente que pouco nelas havia pensado:

    –Eu... Uma vez tive o prazer de enfrentar um de vocês Abathur, aqueles que denominam...Feitor...Seus arquivos devem explanar muito bem sobre nosso encontro, mas aqui estou eu. Eu e você. E você me indaga sobre meu berço...O fato de eu estar aqui não é resposta o suficiente? - Ele fazia uma breve pausa - – Nós os Sirannus não somos nem bestas nem heróis.Somos sobreviventes.Nós não nascemos para chorar e esperar que os outros cuidem de nós.De nossas falhas e erros alimentamos a sombra de onde tiramos nosso poder... Poder este que edifica nossos idéias nobres. Aqueles que macularam o nome de nosso Clã apenas o fizeram pois simplesmente não entendem que a nobreza que faz jús ao nosso sangue não é verdadeira por nosso nascimento, mas sim pelos nossos atos. Sim pelo fato sincero que ela não nos garante direitos mas deveres. Deveres estes que não se resumem apenas para nós mas para todos os outros também.

    Skar-ke fazia uma pausa e parecia encarar o vazio novamente.

    – É por isso que estou aqui a Abathur, já você não me oferece com sua presença nem a sombra de informações que almejo...Muitos teriam replicado meu movimento com igual violência, e qualquer um dos Honoo não seria tão brando com o Regente da Sagrada Corte, por mais jovem que ele seja em comparação aos demais que jogam este traiçoeiro jogo. Eu lhe respondi, agora me diga. Quem é você? Como pode servir a Grande Chama com tamanha... paz?

    Skar-ke lhe oferecia um olhar, olho a olho, sua expressão buscava penetrar no fundo de sua alma...Se é que ele possuía uma.

    ~ Mesmos forces ativos.
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    Mensagem por Imperio Hono Qui Dez 12, 2013 5:03 pm

    As palavras de Skar-ke ressoavam na mente de Abathur. "Ele é forte de espírito" seu caminhar leve cessava e ele observava seu arredor, por tanto tempo procurara a Forja, e finalmente ali estava, a chance de uma vida a seu alcance, o feiticeiro a frente provavelmente não o deixaria porém, acessá-la de livre e espontânea vontade. Com um sinal de mão ele ordenava que Mochi se separasse do painel, Ichor lhe trazia a chave em forma de folha muito bela e ornamentada e a pousava sobre sua mão, sua textura era peculiar, com o passar dos anos, seu tato se tornara sua principal ferramenta, uma lembrança daquilo que era real, e daquilo que não era. "Duvidas não hão de me separar da minha missão, mas este...".

    - "Assim como o sol e a lua não são iguais, um Honoo não é igual ao outro. Estamos muito longe da visão barbaresca que sua Ordem tem de nós. Orcus é impiedoso, cruel, e maligno, mas existem aqueles dentro de seus ranques que buscam um futuro melhor para esse mundo, um futuro sem guerra, e sem desgraça. O Imperador pode não se interessar por isso, mas nós nos interessamos." - Observava o homem, ele não parecia tão despreparado afinal, O Abandonado o havia advertido - "Você assume muitas coisas a meu respeito Skar-ke, não sou tão benevolente como pensa" - De súbito um filete avermelhado podia ser observado saindo da abertura de Ichor e indo na direção da cabeça de Skar-ke, aquele tempo todo o Feiticeiro estava na mira de Abathur apenas esperando o momento de ser eliminado - "Mas você fez por merecer, não tirarei sua vida, porque você me perguntaria. Sou um estudioso da ciência mais rara que existe, a dos desbravadores, no cerne de sua civilização os Eternos procuraram livrar o universo da corrupção que tragava a pureza da criação! Por milhares de anos dedicaram seus esforços a isso, e quando finalmente sua tarefa estava finalizada encontraram este mundo profanado e decaído, tiveram nossa existencia em suas mãos, e quando podiam trazer um fim a essa forma de vida deturpada oque demonstraram? CLEMENCIA! Não por pena, nem por um sentido de moral elevada, mas por pura confiança na sabedoria maior, não das divindades, nem da dos homens, mas de que tudo nesse universo ocorre por uma razão, aquém de nossa compreensão. Mesma clemencia que neste momento me impede de puxar o gatilho. Não é uma questão de paz, violência, bem ou mal, é uma questão de confiança."

    "Esta é minha chance, me desculpe Forsaken, mas tenho que faze-lo." Pela primeira vez Abathur se lançava na direção do desafio, com um salto parava na frente do Feiticeiro, ele olhava diretamente em seus olhos agora apenas alguns metros de Skar-ke, rapidamente seus probes o circundavam claramente atentos ao individuo, suas grandes lentes azuis e vermelhas se movendo freneticamente. Um piscar de olhos, era oque precisava, um piscar nada mais. Um, dois , três, e o momento chegava, quando piscava novamente o feiticeiro a sua frente sentia a mão fria de Abathur em sua face, ela pesava e aos poucos retirava sua força para resistir, mas não transparecia terror, era como o doce abraço do sono carregando Skar-ke para um sonho distante. A escuridão vinha, e ao longe podia-se ver uma pequena brasa azul reluzindo, emanava um calor intenso, mas ao ser tocada era fria como a neve.

    Eles dizem que a jornada não acabou ainda...
    E que mesmo que possa ser verdade, o caminho em torno de uma descisão ainda prolonga-se....

    Eu valorizo aqueles que caminham junto de mim.....
    Que acreditam em mim...
    Que se levantam comigo....
    O caminho que tecemos não sera emaranhado e inundado em nada
    Porque vejam, eu sou resiliente
    Eu sou firme
    Eu sou aquele que não dividira a si mesmo e cairá.

    E porque isso?
    O poder de meus amigos me fortalece
    E sua determinação é minha inspiração de liderar adiante....

    "Ecos de um Passado distante, mas não esquecido.."

    "Bem vindo Skar-ke, eu sou Abathur, essa é a minha real forma, oque viu a sua frente são os restos da minha civilização, de seu conhecimento, tentando avidamente perdurar e se reerguer... Este é meu coração, tudo oque resta da minha pessoa e dos meus objetivos... Aproveite esta chance é a única que terá de entender mais da força do Império...."

    Aos poucos a chama estremecia e desavenecia começando a voar pela escuridão clareando a paisagem, "As montanhas do norte" parecia o vento sussurrar. A neve alta e clara resplandecia por quilometros refletindo o tom alaranjado do por do sol, enquanto se misturava ao vermelho do sangue derramado. Ao longe uma garota com traços belos e jovem parava observando estonteada o horizonte, estava paralisada no tempo, suas feridas abertas manchavam a branquidão do mundo. A chama voava até ela e pousava a sua frente tomando a forma de uma espada, em seu cabo repousava uma marca, um belo tigre branco segurando uma rosa branca entre seus dentes, era ornamentada a ouro branco e sua lâmina brilhava em uma tonalidade azul. A garota tossia deixando um trago vermelho escorrer em torno de seus lábios rosados, não havia mais oque fazer, a morte, o frio, mais forte e potente que já sentira começava a tomá-la, então ela cantava, sua voz era bela e bem afinada, seu sotaque tomava suas palavras carregando sua dor e frustração.

    Me encontrei antes da queda.
    Eu vejo através de todas as razões estamos deixando ir
    Mesmo que este dia não chegue
    Eu queimarei mil luas apenas pela luz de um único sol

    E agora a hora mais sombria colide
    Com nossas vidas desguardadas

    Se nós fossemos invencíveis
    Se nós nunca pudêssemos morrer
    Então todo o mundo poderia se levantar contra nós
    E nós ousaríamos lutar...

    Nada mais a temer
    Nós nunca poderíamos cair
    Tão vivos
    Mentes cheias de fogo
    Seríamos invencíveis

    Essa tempestade acima sabe meu nome
    Chama de um mar de luz
    É Quando os soldados desviam o olhar
    E agora nos encontramos as portas dos céus
    Mas somos apenas mortais

    E agora a hora mais sombria colide
    Com nossas vidas desguardadas

    Eu valorizava aqueles que caminhavam junto de mim
    Que acreditavam em mim
    Que se levantam comigo....
    O caminho que tecíamos não deveria ser emaranhado e inundado em nada
    Se fossemos resilientes
    Se fossemos firmes
    Eu seria aquela que não dividiria a si mesmo em desgraça.

    Se nós fossemos invencíveis
    Se nós nunca pudêssemos morrer
    Então todo o mundo poderia se levantar contra nós
    E nós ousaríamos lutar...

    Nada mais a temer
    Nós nunca poderíamos cair
    Tão vivos
    Mentes cheias de fogo
    Seríamos invencíveis...


    Aos poucos sua voz decaia e sumia, sendo carregada pelos ventos gélidos do norte terrível jogados contra as folhas dos pinheiro, evaporando o orvalho matinal e inundando a luz do céu vespertino com o sangue dos inocentes. E a espada chorava, sua lâmina viva, tudo oque restara de um poderoso rei escorria lágrimas de impotência, tudo oque restava, tudo oque restava.... Um impacto, como o frio da noite que pega o caminhante desprevenido, um líder em desgraça, um pai cheio de arrependimentos...



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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Sex Dez 13, 2013 11:45 am

    Skar-ke tendo terminado de tecer seus dizeres permanecia sentado e aprumado, a observa pacientemente aquele que se denominava Voz do Inverno. Sua tez permanecia calma, acompanhando o rítimo leve e compassado de sua respiração. Ele finalmente era capaz de ouvi-, explanando suas intenções, e dessa vez não, surpreendendo a sí mesmo, o instinto reagia e ele não permitia que nenhum silêncio se instalasse entre eles:

    –Isso que me diz é muito interessante Abathur, qual o propósito de servir um líder cujo os ideias divergem tanto dos seus? Eu mesmo poderia lhe dar um âmbito muito melhor de trabalho, sou rico o suficiente para financia-lo por toda a eternidade e o respaldo que venho aos poucos conquistando na Ordem lhe dariam a base de conhecimento a qual necessita, veja bem, levando essas informações para seu Imperador apenas estará tornando o sonho que você e seus semelhantes cultivam ainda mais distantes...Eu peço que pondere, posso pagar seu preço seja qual ele for... Posso supri-lo, o meu desejo também é extinguir a violência desse mundo...


    Seu Haki já o havia alertado, ele sábia que o julgamento frio de Abathur sobre seu despreparo e descontração estava sendo realizado naquele momento, ele sentia também todas as frações de segundos que levavam o laser até sua cabeça. Ele sentia tudo. Havia estudado o tempo, havia abandonado a cegueira e era capaz de ver, talvez ainda incapaz de ver a forma verdadeira das coisas, mas suas muitas tonalidades sombrias eram agora perceptíveis a ele, ele as via se movendo de maneira lenta, realmente lenta. Tudo se passava numa velocidade diferenciada sobre seus olhos, ele via os movimentos dos mínimos nervos de seu oponente, via os mecanísmos do probe funcionando numa sincronia elevada, via também suas intenções, excitação, questionamento, decisão... Se resolvesse atirar ele iria apenas encarar o tiro e dançar ao seu redor pois agora seu poder o permitia sentir até mesmo a energia se condençando lentamente num projétil. Sábia que tentariam sucumbi-lo, o despojo talvez a ocultasse mas precaução sempre fora tão natural a ele...

    Era com a chama esperançosa que toda a vida carrega que eles brotavam da terra, não da terra propriamente dita, mas do plasma, do ambiente que Horian havia construído para protegê-la, esse mesmo ambiente através do Arcano que fluía sobre Skar-ke agora fazia com que seus mais novos filhos se erguessem, com os escudos que eram sua própria condição natural, carregando os pequenos cronômetros que finalmente pelas costas nos oponentes cuja a elevada a atenção se focava nele, em condição original, fazendo com que o movimento tivesse êxito e nada mais importasse, pois com aquele ponto seu sopro se estenderia, independente do que lhe viesse a ocorrer..

    Clemência. Aquela palavra, sentimento ou sensação pareciam se inflamar no Honoo. Em contraste com o orgulho de Skar-ke, que em nada parecia clemente, por outro lado, intimidava-os, para cobrir quaisquer rastros ou centelhas de seu movimento, ou para impedi-los que tivesse seu corpo e sanidade vendidos. Ele se erguia, permanecendo de pé, embora sua mente não possuísse coordenação alguma sobre o que fazer, também o vazio se alastrava, retesando as cordas vocais, era incapaz de responder os dizeres daquele homem, que o julgava merecedor de carregar a chama da vida mas parecia pré-disposto a muda-lo de uma tal maneira que ele jamais havia vivenciado antes, tudo aquilo se entrelaçava numa carga demasiada grande...

    Forsaken. As memórias também o preenchiam...Um senhor obscuro, oculto, num poço único de amizade e inocência...

    Pacta sunt servanda...

    E sua percepção sucumbia, num único toque frio invernal, ele se perdia, apagava, via a realidade ser quebrada novamente restando apenas o vazio, soprado agora por um vento gélido, moldado na figura de uma brasa. Fogo azul. Frio mais ainda sim fogo, chama, vida.

    Questionava o porquê dele se abrir tanto, questionava porquê novamente era Skar-ke quem estava ali, confrontando não agora seus devaneios mas sim os de seu oponente, que decerto adentrava ao panteão dos encontros especiais do Sirannus, aquela casca seria apenas uma ruína? Era o que dava a entender a chama, a canção flutuava pelos seus ouvidos, como um sonho tranquilo tão distante dos que vinham o assolando nos tempos mais recentes. Ele caía de joelhos na neve, sem qualquer compreensão do que havia acontecido. Só era capaz de ouvir o convite de seu anfitrião, tentador demais para ser recusado, estava em sua mente? Em sua memória? Não era capaz de responder, seus clones lá fora impediriam a catástrofe.

    Mas ali dentro ele estava sozinho, a paisagem ao pouco iluminada, seu povo em Serenno fazia culto a luz, qualquer uma delas, a luz da lua e das estrelas eram as mais exaltadas, mas ali, num ato incomum com sua mente tão culturalmente aflorada na cultura dos feiticeiros ele voltava a sua infância e esperava que o clareamento signficasse um bom presságio. Seus olhos corriam por tudo aquilo que se postava, o frio, o vento, a garota e a espada, e aos poucos ele caminhava, seu instinto mandava salva-lá mas quanto mais se aproximava mais o cântico entoado trazia a tona sua todas as suas dores interiores que constantemente latejavam por cima de sua consciência. Era aquilo uma escolha? Uma encruzilhada?

    Ele retirava a espada com todo o ímpeto resguardado, mas quando se aproximava dela suas mãos fraquejavam e tocavam sua bela face, desejosas de transmitir-lhe a cura, apenas o instinto no fim prevalecia, ansiado a cada fração de segundo por alguma resposta.


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    Mensagem por Imperio Hono Dom Dez 29, 2013 9:36 pm

    O toque gentil na face da garota fazia-lhe escorrer uma lágrima solitária em meio a palidez de seu rosto alvo. Mas logo Skar-ke podia perceber algo diferente, sua mão atravessava a garota que juntamente a paisagem ao redor se desfazia em pequenas esferas luminosas, as coníferas secavam e eram carregadas pelo vento, primeiro suas folhas como se o beijo da morte se revelasse em meio a paisagem nebulosa; a neve branca escorria e derretia revelando um solo pedregoso e fissurado. Ao longe as montanhas estremeciam como se agitadas pelas mãos de uma criança impaciente, os céus não se moviam se mantinham perenes, as nuvens negras eram irrompidas por uma luz vermelha... o olhar de um demônio. Os ventos se aceleravam arrancando arvores enraizadas a centenas de anos, sugadas pelo imenso vórtice carmesim que tragava a própria terra.

    Em meio ao caos uma voz invadia a mente de Skar-ke, ele não estava vendo uma memória, ele estava presenciando algo novo, algo diferenciado, ele estivera lá e "O Rei" se lembrava dele. O brilho da espada se ressaltava, mas não era o pai que falava, era o amante, a visão da amada extirpada a sua frente o fazia clamar em fúria, mas os céus não respondiam, encontrava apenas fúria, as vozes eram indiscerníveis, mas sua força, revolta e desespero eram palpáveis, no final apenas uma prevalecia, ela adentrava o amago do feiticeiro com gentileza e tocava a parte mais profunda de seu interior, sua lembrança mais poderosa do passado, e a mais memorável, sua fala era mansa, mas pesada e tenebrosa.


    - Eu quero que você saiba. Tudo está apagado, mas continua a crescer. Eu preciso de você para ver. Nada pode mudar a não ser que você acredite. Eu não vou deixá-lo ir. Eu vou manter o plano. Agora estamos nas profundezas da força. Eu não vou deixá-lo ir! Eu vou lutar até o fim...
    E então você vai saber.... Eu não vou tirar de você e você não terá que pagar. Sozinho com esta visão. Sozinho e cego. Vá dizer ao mundo que eu estou
    VIVO!

    A visão se desfazia com violência, o próprio solo era engolido pelo imenso vórtice enquanto ao longe ondas enormes invadiam a terra ultrapassando a altura dos mais altos picos como se fossem simples obstáculos, Skar-ke ficava em meio ao caos enquanto via a espada ser tragada pelos céus, o chão se abria a sua frente e ele começava a ser erguido inerte em direção a imensidão avermelhada que pairava acima, podia ver por um segundo um sol quase como uma pintura, mas em seu entorno existiam várias ondas de energia negra que consumiam o resto da matéria que havia sugado, até que a espada se aproximava e ao adentrar a massa de fogo caótica a purificava, a lâmina sumia e a esfera gigantesca explodia iluminando todo os céus. A lâmina desaparecia e restava apenas uma pequena gema em forma de gota, sua cor era púrpura mas antes que pudesse cair ela voava ao longe como se puxada por algo ou alguém. Skar-ke começava a cair em queda livre mas muito antes que pudesse atingir o solo era engolido pelos enormes Tsunami que destruiam tudo ao redor, no mesmo instante em que tocava as ondas, num piscar de olhos tudo desaparecia.

    Quando abria os olhos Abathur se fora, apenas um pequeno pedestal restava em meio ao salão. Parecia feito do mesmo metal dos probes. Em cima do mesmo estava a chave em forma de folha de Skar-ke, e uma pequena mensagem escrita a mão, as letras possuiam traços estilizados e uma caligrafia perfeita demais para parecer humana.


    "Nos encontraremos novamente Skar-ke Sirannus.... Mais cedo do que você imagina. Liberte-se das suas ilusões, reflita sobre oque lhe mostrei, assim como irei refletir sobre sua proposta, infelizmente não posso me abster de levar as informações a meu superior Farbus, isso porque sou um homem de honra e eu possuo deveres para com os Honoo. Entretanto não destruí a forja, não irei privá-lo do que procura. Até nosso próximo avistamento, estou em todos os lugares...."

    Abathur Viper, Principe de Necrophades.

    Sobre o pedestal repousava ainda um pequeno pedaço de papiro, a escrita era ilegível, mas abaixo com a mesma letra de Abathur um pequeno trecho do enorme texto estava traduzido, ali dizia: "E quando a hora chegar, a cortina da ilusão cairá e o oprimido se erguerá, mas não estaremos a cá para isto observar, pois sobe a luz do poderoso Tifão tudo decairá."
    Skar-ke O Elessar
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    Mensagem por Skar-ke O Elessar Qui Jan 02, 2014 10:50 pm

    O subsconsciente humano é um mistério maravilhoso. Talvez em virtude em sua viagem com o Oráculo a mente de Skar-ke estivesse melhor adaptada, por algum motivo ela o mantinha acordado, vivo, limpando, afastando e reduzindo as perguntas do seu eu consciente quanto ao que acontecia diante de seus olhos. Seu toque parecia simplesmente desencadear algo maior do que ele previa, fora um movimento regado apenas pelo instinto, mas cujo os efeitos surpreendiam Skar-ke, oque ele poderia fazer? Palavras flutuavam sobre sua mente através de barcos de papel, o filme que se apresentava a baixo de seu corpo flutuante vinha em compasso compartilhado e harmonizado com as próprias reações que seu subsconciente permitia sua parte pensante assistir. Aquilo tudo dava a impressão de que já estivera participando daqueles eventos antes. A voz que se tornava clara em sí era famíliar, a paisagem em desolação... Tudo aquilo. Ele era incapaz de dizer o lugar ou a pessoa, mas simplesmente transmitiam algo muito comum a ele. Era assim que ele se sentia em seu âmago, apesar desse conforto transmitido pela familiarização, seu corpo era invadido por uma onda de poder maior do que qualquer outra que ele já tivesse sentido, descarnando-o, trazendo flagelo e germinando novos anseios em sua carne fraca, como uma memória há muito enterrada, recém redescoberta e aos poucos consumida pelo lampejo incessante do fogo.


    Por um momento dentro de sí tudo aquilo cessava. O tufão descontrolado de uma mente que encontra um passado mais distante que a própria vivência, a reação da carne a essa intensa centelha de caos interno. E havia somente o sopro, o ar, as cadências eólicas do vento eternamente mutável. Skar-ke parava. Ele ainda permanecia imerso na visão. Mas mesmo ali o Tempo, seu amigo de longa data o favorecia, talvez como um presente divino, aquilo tudo vinha para ele numa velocidade imersa em uma profunda lentidão. Sua habilidade usada no mundo real, havia sido resguardada como um mecanísmo de defesa nos recônditos de seu eu feiticeiro, e agora se expandia ao esmo para protegê-lo. O primeiro segundo seguinte ao que tudo começava a se reduzir fora como um sono de mil e uma noites, a primeira porta para entender um grande trauma, seu corpo simplesmente durmiu, e sonhou. Sonhou com praias e pradarias esverdeadas, galopando na companhia aprazível de um esbelta mulher cujo os cabelos loiro mel e olhos esverdeados traziam um calor único e distinto aquele homem. Os cascos batiam na grama, levantando pequenas gotas e trazendo a tona o cheiro de chuva enquanto eles penetraram nos campos de morango. Poderia passar intermináveis vidas ali, se banhando no mar anil, contando as estrelas e pastoreando os carneiros, cuidando das crianças e observando o nível do mar. O segundo fora a perfeita calma. Seu coração se enchia e se tornava uma esponja repleta de paz. Seu corpo permanecia numa caricatura antagônica ao que ele sentia por dentro, mas ele não se importava, poderia ser mil vezes açoitado, entretanto, permaneceria como um pássaro, diferente somente ao sopro. Leve como uma pluma.


    A voz então se tornava ainda mais clara. O rei falava com ele.


    Vivo...Vivo...Vivo... Muitos momentos ele vivia. Inúmeros. Aquela voz régia ressoando e fazendo latejar o âmago de sua consciência. Num esforço simplório mas que representava todas as condições que possuía ele tentava agarrar a gema... e acordava.


    Ele levantava cambaleante, receoso, sacando a espada caída ao seu lado, num rápido vislumbrar ao redor ele era incapaz de distinguir Abathur. Havia o deixado escapar, e todas as suas vozes interiores o culpavam incessantemente, aquilo garantiria alguma vantagem para os Honoo decerto. Entretanto, havia um pedestal, junto a ele o broche de Oaran que receberá do Oráculo, o qual de maneira súbita trouxe a palma da mão, segurando-o com toda a força que possuía, ao lado um bilhete repousava, e a primeira coisa que invadia a mente de Skar-ke ao lê-lo era ‘‘Mas que caligrafia admirável...magnâmia...’’ . Um sorriso despontava em sua face, aquela era uma derrota agridoce mas que num futuro próximo poderia ceder o gosto ao sabor adocicado da esperança.


    Seus olhos então voltavam-se há algo estranho, um tomo de papiro repousava junto ao pedestal, ele era incapaz de compreender qualquer palavra, mas ao repousar o dedo indicador no mesmo, um calafrio percorria todo o seu corpo.   
    ‘‘Tifão...``
    Novamente ele sentia o vento e suas cadências ora calmas, ora tempestuosas, aquele revés era um reflexo de sua natureza. Novamente ele sentia o calor e a chama perpétua. Novamente aquilo voltava acender o sentimento de familiaridade que ele havia sentido anteriormente, mas por enquanto ele tinha outros assuntos a tratar...


    Num veloz movimento, Skar-ke selava todo aquele conjunto com seu selamento de invocação os enviando a um local seguro, exceto o broche de Oaran...


    Este ele possuía ligado a palma esbranquiçada de sua mão, irrigando-a, como sua maior jóia, ele caminhava sem pronunciar nada, em passos calmos em direção a porta, encaixava a chave, respirava e esperava...


    Independente de qual destino tivesse atrás daquele mecanismo ele iniciava seu processo de abertura.
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    Distrito de Hespéria Empty Re: Distrito de Hespéria

    Mensagem por Admin Seg Jan 20, 2014 11:44 am

    Com um clique o broche de Oaran se prendia ao painel, quando Abathur o fizera, uma onda de dados havia percorrido seu probe, oque para ele havia sido o revelar de todas as grandes informações que seu império necessitava. Ele estava enganado. A Forja fora programada a muito tempo para responder apenas aos dignos, apenas aos justos, e apenas aos que tinham um espírito caridoso. Skar-ke era soberbo, mas ao conquistar a lealdade do Oráculo ele havia demonstrado as qualidades inerentes de um líder benevolente. As características que o criador da Forja, havia incutido como o seu processo de inicialização. Diferente de antes um brilho prateado assumia o local, substituindo o outrora dourado, a gosma alaranjada aos poucos evaporava sendo substituída por uma torrente de fumaça, esta no entanto possuía o doce aroma de um rio de incensos. Esvoaçava e entrelaçava-se pelo grande salão, tomando muitas formas, primeiro um grupo de borboletas, depois uma relva baixa, um céu estrelado, um vulcão em erupção. As imagens eram criadas e desapareciam como se carregadas pelo vento. Mas, a cada nova criação um resquício permanecia, um pequeno filete que procurava seu caminho, perdido em meio a imensidão do tempo, que ali não existia, perdido em meio a imensidão do espaço, que ali convergia e se distorcia. Por fim os filetes encontravam sua destinação final, se uniam e combinavam-se assumindo a forma de um senhor. Um homem de feições sérias, mas com vestes nobres feitas de um material que neste mundo já não existia, a luz refletia nele, dando a impressão que vestia uma longa túnica púrpura com detalhes em dourado, em outros momentos sua túnica era de uma coloração azulada, parecendo que por baixo estava revestida por uma bela veste alva e cheia das mais finas rendas, com filetes de pura prata. Seus olhos brilhavam como se as estrelas do próprio céu passassem sua luz por eles, e em sua mão carregava consigo um simples mas bem ornado cajado, parecia madeira, talvez carvalho, ou mogno, mas as inscrições cravadas nele, numa linguagem irreconhecível revelavam a natureza rochosa do suporte. O homem era claramente uma ilusão, projetada pela forja, mas em suma parecia tão real que a mente desatenta não poderia perceber a diferença. Aos poucos em sua face contraída um sorriso sereno despontava, fruto da aproximação de pequenos animais e outros seres criados pela névoa da Forja.

    - Meus bons amigos, a quanto não os vejo - Dizia o homem com uma voz grogue mas impactante, tinha a força da de um grande líder, mas a sabedoria dos antigos a revestia, um pequeno coelho mordiscava o pé de suas vestimentas e era apanhado de súbito pelo homem que parecia poder entender sua linguagem - Eras e mais eras meu pequeno, talvez muito mais do que isso, sou apenas uma projeção eu receio, uma parcela da mente que os criou, mas não sinto menos por estar em sua presença - As criaturas então se voltavam para Skar-ke pulando agarrando seu corpo como se desejassem dele algum tipo de traquinagem, esta nata das criaturas mais inocentes da floresta - Ora, parece que temos um convidado, há muito que não recebo uma visita. Eu sou Miraak, e você é Skar-ke Sirannus, Filho de Destructus, Neto de Horian Juilaik, descendente de uma linhagem tão antiga quanto o próprio mundo que habita. Eu posso responder todas as suas perguntas, posso lhe mostrar tudo oque quiser, mas o tempo se esgota. Esta forja só pode ser ativada desta maneira uma vez a cada dois mil anos durante o inicio de cada Conversão Harmonica. Oque você... quer... ver? Oque... você... quer... saber?



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